Padre Geovane Saraiva*
Na Solenidade do Batismo do Senhor, ficamos diante da apropriação de sua missão salvífica. É pertinente o convite da Liturgia da Igreja, o de glorificar a Deus, no indulgente cenário em que faz o povo de Deus estar voltado e inspirado a perseguir um mundo muito além do por nós vivido. No amor do Pai e no do Espírito Santo, vemos garantida a revelação de sua identidade de Filho de Deus, manifestando-a ao mundo. O amor de Deus por nós é de tal modo envolvente que enche todo o nosso ser, indicando-nos como caminho da vida futura e definitiva, tendo por sua base, ou fundamento, o referido amor, o mandamento maior.
Jesus não precisava ser batizado e não portava no seu interior nenhum pecado, mas carregou consigo os pecados da humanidade, na perfeita realização da vontade do Pai. É o esplendor messiânico, proclamado como verdade pelo profeta Isaías, ao afirmar: "Eis o meu servo, nele se compraz minha alma" (cf. Is. 42), mostrando aqui claramente nossa missão, decorrente do batismo. Para que sejamos pessoas marcadas pela graça de Deus, no anúncio e no testemunho, com a tarefa de mudar a realidade de pecado e injustiça, significa fermentá-la e transformá-la em uma nova lógica e uma nova civilização, nos sinais de esperança e solidariedade, provado no mundo, através da vivência de nossa fé.

*Pároco de Santo Afonso, Jornalista, Blogueiro, Escritor e Colunista,
integra a Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza - geovanesaraiva@gmail.com
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