segunda-feira, 25 de março de 2019

Djamila: Dilma ameaçada em aeroporto em Madri conta com defensora

Djamila defendeu Dilma de grupo de brasileiros bolsonaristas
Um grupo de brasileiros, eleitores de Bolsonaro, ofendeu a ex-presidenta Dilma Rousseff no Aeroporto de Madrid, neste domingo. O ataque, onde houve quem afirmasse que ela teria o mesmo fim que Marielle Franco, ou seja, o assssinato, foi presenciado e descrito em detalhes pela filósofa Djamila Ribeiro. Djamila narra que foi chamada pelo grupo para se juntar aos ofensores. Só então entendeu do que se tratava. Ela defendeu a ex-presidente e então passou a ser alvo de ofensas também. A militante feminista postou um relato em seu Facebook com uma foto com Dilma, em que conta que algumas pessoas chegaram até a dizer que aconteceria com Dilma o mesmo que aconteceu com Marielle Franco.

"É o cúmulo! Dilma nem está mais no poder, sofreu um golpe, Lula está preso, Bolsonaro ganhou a eleição, o que mais essas pessoas querem? Desejar o assassinato dela? É revoltante. Essas pessoas estão contaminadas pelo ódio", postou Djamila. 
Confira a íntegra abaixo:

Hoje aconteceu uma situação absurda. Estávamos eu e Ísis realizando o nosso check in quando vimos a presidenta Dilma. Ao sair do guichê, uma senhora nos pergunta: vocês são brasileiras? Venham xingar Dilma. Ignoramos e seguimos. Assim que chegamos mais perto, vimos um grupo de brasileiros hostilizando e dizendo coisas horríveis a Dilma. Um deles chegou a dizer que ela teria o mesmo fim que Marielle. Eu e Ísis prontamente nos solidarizamos e começamos a defendê-la. O grupo foi se calando e policiais se aproximaram para fazer a segurança de Dilma. 
Um abraço e o agradecimento de Dilma
Um abraço e o agradecimento de Dilma  

Ficamos conversando alguns minutos com ela. Fomos caminhando com ela em direção a sala de embarque. Assim que nos despedimos, o grupo voltou a gritar e a ofender Dilma. Aí eu me irritei e fui em direção ao grupo. Disse que eles deveriam respeitá-la independente de posição política. Que eles eram desumanos e ignorantes. Quando eu perguntei onde eles tinham estudado política, se fizeram de ofendidos. Uma mulher do grupo me chamou de "tipinho" e eu devolvi. 

É o cúmulo! Dilma nem está mais no poder, sofreu um golpe, Lula está preso, Bolsonaro ganhou a eleição, o que mais essas pessoas querem? Desejar o assassinato dela? É revoltante. Essas pessoas estão contaminadas pelo ódio. Foto do abraço e acolhimento. É preciso respeito."

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