sábado, 9 de março de 2019

Greve e protestos feministas tomam conta da Espanha no Dia da Mulher

 domtotal.com
A violência machista continua matando mulheres no país: 47 no ano passado e ao menos 975 desde 2003.
Manifestantes interrompem via de acesso em Barcelona com cartaz que anuncia em catalão uma 'Greve Feminista'
Manifestantes interrompem via de acesso em Barcelona com cartaz que 
anuncia em catalão uma 'Greve Feminista' (AFP).

Com uma greve e centenas de protestos e concentrações em toda a Espanha, o movimento feminista acredita que repetirá este ano o sucesso de 2018 por ocasião do Dia Internacional da Mulher, que deste vez assume um tom político em função das eleições legislativas de 28 de abril.

"Se nós pararmos, o mundo vai parar". Com esse slogan, os grandes sindicatos do país, Comissões Operárias (CCOO) e UGT, convocaram paralisações de duas horas por turno, enquanto que os menores, como CGT e CNT, convocaram uma greve de 24 horas.

Também estão previstas marchas em várias cidades, que tiveram início nas primeiras horas da manhã.

Em Madri está prevista a maior manifestação do país com o objetivo de obter o histórico êxito do ano passado, quando milhões de pessoas participaram em uma inédita greve feminista nas passeatas de 8 de Março na Espanha.

Desde março de 2018 houve uma mudança de governo na Espanha, agora socialista e com mais mulheres no gabinete, mas no país ainda existe uma brecha salarial de 14,2% entre homens e mulheres (dois pontos abaixo na média europeia).

Além disso, a violência machista continua matando mulheres no país: 47 no ano passado e ao menos 975 desde 2003.

"Queremos uma Espanha feminista porque somente a partir do feminismo vamos acabar com a violência baseada em gênero e alcançar a igualdade real. Somente a partir do feminismo alcançaremos a democracia plena", tuitou o presidente do Governo, Pedro Sánchez.

No entanto, nem tudo é consenso. No domingo foi convocada uma contra-manifestação em Madri organizada pela "Plataforma Global Mulheres do Mundo", que reúne organizações católicas e antiaborto, contra o "feminismo rançoso da esquerda".


AFP

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