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A viúva da vereadora ressalta que esta é uma homenagem às mulheres negras e uma mensagem contra a violência praticada contra os defensores de direitos humanos.
A proposta em homenagem a Marielle partiu da prefeita de Paris, Anne Hidalgo, que comemorou a aprovação pelo Conselho Municipal de Paris. (Mário Vasconcellos/CMRJ).
O Conselho Municipal de Paris aprovou nessa segunda-feira (1º) a proposta de intenção para dar o nome de vereadora assassinada Marielle Franco (PSOL-RJ), em 14 de março de 2018, a um espaço público na cidade. O anúncio foi feito pela prefeita da capital francesa, Anne Hidalgo. A prefeita disse que a proposta foi apresentada por ela e comemorou a aprovação via conta pessoal no Twitter.
“Os representantes eleitos parisienses aprovaram esta manhã (1º) a proposta que lhes apresentei com a minha equipe: um lugar em Paris levará o nome de Marielle Franco, ativista dos direitos humanos, eleita do Rio de Janeiro, assassinada em março de 2018.”
O local que receberá o nome da vereadora assassinada ainda não foi definido. Pode ser uma rua, praça ou passarela.
Marielle Franco e o motorista Anderson Pedro Gomes foram mortos, no ano passado, no Centro do Rio de Janeiro. Recentemente a polícia prendeu dois suspeitos de execução do crime. A vereadora e o motorista foram assassinados com vários tiros. Uma pessoa sobreviveu.
Viúva comemora
Mônica Benício, viúva da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), disse que a decisão da cidade de Paris de batizar uma localidade pública com o nome da ativista, executada há um ano, é uma mensagem contra a violência aos defensores de direitos humanos e homenagem às mulheres negras. Para ela, a decisão fortalece e ajuda a proteger a vida de ativistas principalmente no Brasil.
“A decisão foi muito relevante diante da discussão do significado e da necessidade do defensor de direitos humanos no mundo hoje”, disse. “A gente vem vivendo uma onde de retrocessos que é global e o Brasil é um dos países mais perigosos para esses ativistas. Ter a imagem de Marielle tornando-se esse símbolo, da importância do papel dos defensores de direitos humanos, é muito importante e cumpre o papel de preservação da memória dela.”
Segundo a viúva, a decisão na França vai incentivar a união e a sensibilização em torno de causas sociais independentemente das posições ideológicas.
Mônica Benício conversou com por telefone à Agência Brasil, após a aprovação pelo Conselho de Paris, órgão equivalente à Câmara de Vereadores, por unanimidade, da proposta da prefeita Anne Hidalgo.
A viúva comemorou a decisão nas redes sociais. “Está feito! Seguindo o nosso pedido, o #ConseildeParis votou por unanimidade para criar um caminho Marielle Franco em Paris. Este desejo reflete a vontade do município que um lugar público com o nome #MarielleFranco possa nascer na capital francesa”, disse na sua conta no Twitter.
Agência Brasil
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