sexta-feira, 5 de abril de 2019

Ministro Tchutchuca. Paulo Guedes saiu com 1 apelido da Câmara

5 de abril de 2019 por Esmael Morais

Apelido é uma praga, mas só pega quando o sujeito não gosta. Foi o caso do ministro da Economia, Paulo Guedes, chamado de Tchutucha na quarta (3) durante audiência sobre a reforma da previdência da CCJ da Câmara.

Coube ao deputado federal Zeca Dirceu (PT-PR) botar a alcunha no ministro que quer acabar com a aposentadoria dos trabalhadores: “Eu estou vendo, ministro, que o senhor é ‘tigrão’ quando é com os aposentados, com os idosos, com os portadores de necessidades, com os professores e agricultores, mas é ‘tchutchuca’ quando mexe com a turma mais privilegiada do nosso país.”

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O deputado fez a parte de dele. Tal qual o advogado, ele não pode sofrer censura pelo exercício pleno de sua função. Foi eleito justamente para fazer o que fez, qual seja, ‘colocar o macaco na água e o peixe no galho’ — a síntese da boa política.

Guedes reagiu ao “bullying” como um guri de escola de ensino fundamental: “tchutchuca é a mãe, é a avó, respeite as pessoas. […] Isso é ofensa.”

Na verdade, não foi ofensa. O parlamentar utilizou uma figura de linguagem para explicar ao povo que Guedes representa os interesses dos banqueiros. Até o baixo clero da Câmara sacou que o tal regime de capitalização, defendida pelo ministro, é ruim para o trabalhador e ótimo negócio para o diabólico “mercado financeiro”.

Ministro Tchutucha, aceita o apelido que dói menos.

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