Padre Geovane Saraiva*
Daí a participação do doutor da graça e dos
bispos, no sacerdócio de Cristo! Só lhe acrescenta responsabilidade e pena, ao
afiançar: “O que tenho em comum convosco enche-me de entusiasmo; o que tenho
diferente de vós atormenta-me, enche-me de tremor”. Que os bispos saibam sempre
mais se voltarem para o Livro Sagrado, enxergando aí Nossa Senhora, e a partir
dela a redenção, Jesus de Nazaré imolado, na sorte de associar-se aos seus
sofrimentos.
Que seja real e constante a presença da Mãe de
Deus no pastoreio de nossos bispos. Que a Santíssima Virgem Maria nos proteja e
nos revele aquela paz tão sonhada por Deus, a qual o Brasil tanto necessita!
Assim seja!
*Pároco de Santo Afonso, Blogueiro, Escritor e Colunista, integra a Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza
Voltando-me para Santo Agostinho,
numa reflexão sobre os bispos, pensei em Maria, na condição de Rainha dos
Apóstolos, em união com aquele que gerou, hauriu da misteriosa força do seu
múnus apostólico, na sua íntima e encantadora realidade salvífica, naquele
amor, que podemos imaginar como sendo o mais inflamado, sublime e restaurador.
Dom Valdemir Vicente Bispo Auxiliar de Fortaleza-CE |
A grandeza de Maria, na minha inconsistente
imaginação, pode muito ajudar os bispos nos nossos difíceis tempos, ela que, ao nos
presentear com o Messias-Redentor, também participa de sua suprema imolação
entre tormentos, pela sua transcendente, inaudita e sublime entrega. O bispo,
com efeito, é o Servidor dos Servidores. Antes de tudo, ele é o servo dos
padres e dos religiosos. Sua tarefa de amor na Igreja deverá primar pela
atenção dada aos que ocupam os postos imediatos e diretos de serviço aos fiéis.
No supracitado apostolado da Mãe do Redentor, na mais segura confiança de que é
o Espírito da Verdade que o acompanha, passo a passo, descobre-se a grandeza do
trabalho específico, implacável quanto indulgente, dos sacerdotes com o bispo,
unidos ao Papa.
Missão do bispo na saudação do Anjo Gabriel:
“Não temas, Maria (...). O Espírito Santo descerá sobre ti e a força do
Altíssimo te cobrirá com a sua sombra” (Lc 1, 30-35). O bispo em particular tem
que se considerar qual pálida imagem da Virgem. É pai, como ela foi mãe, por obra
do Consolador, o Paráclito. Terá também que exercer seu governo com entranhas
de bondade e clemência, semelhantes às da doce mãe da nova humanidade (cf. Dom
José M. Delgado).
*Pároco de Santo Afonso, Blogueiro, Escritor e Colunista, integra a Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza
![]() |
Foto: Padre Geovane Saraiva, vista da estrada na Serra de Baturité - de Aratuba a Mulungu Ceará |
Nenhum comentário:
Postar um comentário