terça-feira, 14 de maio de 2019

Conferência no Vaticano: “Estamos vivendo um novo dilúvio”

Lago Tele, República do Congo
Lago Tele, República do Congo  ( © Yann Arthus Bertrand)
“Estamos vivendo uma Arca de Noé moderna”, um “novo dilúvio, não de água, porém de desgraças ambientais”, são palavras do professor Vanderlei Bagnato, brasileiro, membro da Pontifícia Academia das Ciências, que participa da Conferência “Ciências e ações para a proteção das espécies – Novas Arcas de Noé para o Séc. XXI (13-14 de maio)
Jane Nogara, Bianca Fraccalvieri – Cidade do Vaticano

O professor Vanderlei Bagnato fala ao Vatican News sobre a Conferência no Vaticano e a temática abordada que se refere à nossa “Casa Comum”. A Conferência tem como ponto de referência a Encíclica do Papa Francisco Laudato si’, que para o professor “é um alerta à população sobre a realidade ecológica” e é um “documento referência tanto do ponto de vista ambiental, quanto da extinção das espécies no mundo”.

"Um novo dilúvio"
O subtítulo “Arcas de Noé para o Séc. XXI” se refere à história bíblica da inundação destrutiva e a Noé que salva a humanidade e as espécies com sua arca, segundo uma ordem de Deus. Como explica o professor, “Noé recebeu a incumbência de salvar a humanidade depois da catástrofe” e hoje temos o mesmo problema, a nossa “catástrofe” é a grande desordem causada pelos malefícios tanto a espécies animais, quanto vegetais. “Noé percebeu que para sobreviver deveria salvar as espécies”. “Para a espécie humana se salvar – continua o professor –, procura-se salvar toda a biodiversidade ao seu redor”.

“Estamos vivendo uma Arca de Noé moderna”, um “novo dilúvio” não de água, porém de desgraças ambientais, e isso leva a uma "catástrofe de espécies animais e vegetais irrecuperáveis” com consequências diretas para o homem.

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