Segundo a matéria, as mensagens indicam que Léo Pinheiro só passou a ser considerado merecedor de crédito após mudar diversas vezes de versão sobre o apartamento do Guarujá.
![Empreiteiro que incriminou Lula foi tratado com desconfiança pela Lava Jato, indicam novas mensagens Diálogos sugerem que depoimento sobre tríplex foi decisivo para que procuradores voltassem a conversar sobre delação.](https://cdn.domtotal.com/img/noticias/2019-06/1369238_409747.jpg)
Diálogos sugerem que depoimento sobre tríplex foi decisivo para que procuradores voltassem a conversar sobre delação. (AFP)
O empreiteiro Léo Pinheiro, que incriminou o ex-presidente Lula, foi tratado com desconfiança pela Operação Lava Jato durante quase todo o tempo em que se dispôs a colaborar com as investigações.
As informações foram publicadas neste domingo (30) pelo Jornal A Folha de São Paulo, a partir de mensagens trocadas entre procuradores. O conteúdo é da mesma fonte anônima do site The Intercept Brasil.
Segundo a matéria, as mensagens indicam que Léo Pinheiro, ex-presidente da construtora OAS, só passou a ser considerado merecedor de crédito após mudar diversas vezes de versão sobre o apartamento do Guarujá.
Os diálogos examinados pela Folha e pelo Intercept sugerem que o depoimento sobre Lula e o tríplex foi decisivo para que os procuradores voltassem a conversar com Pinheiro, meses depois de rejeitar sua primeira proposta de acordo.
O empresário só incriminou Lula em abril de 2017, quando prestou depoimento ao juiz Sérgio Moro, um ano depois do inicio das negociações.
Confira trechos das mensagens entre procuradores:
Procuradores da Lava Jato em Curitiba e em Brasília começaram a negociar um acordo de delação premiada com executivos da OAS em fevereiro de 2016.
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O ex-presidente da OAS Léo Pinheiro já tinha sido condenado em um processo da Lava Jato, mas recorria em liberdade.
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Os advogados da OAS apresentaram diferentes versões dos anexos com resumos dos relatos que os executivos da empreiteira pretendiam fazer.
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Um dia depois da assinatura do termo de confidencialidade, a revista Veja informou que a delação da OAS citava o ministro Dias Toffoli, do STF.
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O vazamento dividiu os procuradores. A maioria defendeu a suspensão das negociações, como resposta à quebra de sigilo e para evitar atritos com o STF.
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Uma semana depois, a Veja publicou trechos de sete anexos da delação e afirmou que a empresa revelara a existência de uma conta secreta usada para fazer pagamentos ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
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Léo Pinheiro foi preso em setembro de 2016 e as negociações ficaram congeladas até 2017, quando ele incriminou Lula ao depor no processo sobre o triplex de Guarujá que a OAS diz ter reformado para o petista.
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Redação DomTotal com informações da Folha de São Paulo
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