sábado, 1 de junho de 2019

Globo não consegue emplacar bolsonarismo sem Bolsonaro


(Goiânia – GO, 31/05/2019) 46ª AGE – CONAMAD – Convenção Nacional das Assembleias de Deus no Brasil.nFoto: Isac Nóbrega/PR

Bateu na trave o projeto da Globo de implantar o bolsonarismo sem o presidente Jair Bolsonaro (PSL), qual seja, a agenda liberal “pura” de privatizações, reforma da previdência, preços flutuantes dos combustíveis, salários baixos, desemprego.
O bolsonarismo persiste e ainda é uma ameaça à democracia e às conquistas sociais, porém, o projeto de lesa-pátria tende a continuar sendo implantado pelo próprio Bolsonaro.

A Globo perde as rédeas –se é que já teve alguma vez– quando o presidente da República sai fora da curva, isto é, tem lampejos antiliberais como esse que reduziu os preços da gasolina e do diesel para satisfazer reivindicação pontual dos caminhoneiros.

Sobre essa recaída de Bolsonaro contra a agenda liberal, defendida pela velha mídia e os bancos, nenhuma linha nos jornalões, nenhum byte ou caractere nos portais identificados com o bolsonarismo, nem um som ou imagem nas televisões comerciais. Ficaram todos desenxabidos com a chifrada.

Bolsonarismo sem Bolsonaro é o sonho de consumo da Globo et caterva, mas, a julgar pela premonição de Jair Bolsonaro —“só mudo se alguém cassar meu mandato”— haverá luta cruenta pelo poder nos próximos meses.

O capitão sabe que pisa em terreno minado ao assumir as pautas neoliberais e sabe também que o radicalismo da agenda “pura” –desemprego, retirada de direitos, corte de verbas da saúde e educação– tem potencial para derrubá-lo. Por isso o presidente fez um agrado aos caminhoneiros e mandou às favas o mercado e os urubólogos da Globo, intervindo na Petrobras e derrubando os preços dos combustíveis.

Bolsonaro busca prorrogar seu tempo na Presidência da República. Ele acredita –e os bolsominions também– que é possível o bolsonarismo com Bolsonaro. A Globo não.


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