sexta-feira, 14 de junho de 2019

Greve geral contra a reforma da Previdência acontece nesta sexta-feira


Proposta enviada pelo Governo Bolsonaro é criticada por movimento sociais e centrais sindicais, além de cortes na educação.
Metroviários de São Paulo confirmaram paralisação do Metrô  na cidade.
Metroviários de São Paulo confirmaram paralisação do Metrô na cidade. Foto (Paulo Iannone/Mídia Ninja)
Uma greve geral foi convocada para esta sexta-feira (14) em protesto contra a reforma da Previdência. Centrais sindicais e movimentos sociais que organizam os protestos também se opõem aos cortes na Educação. Os metrôs de Belo Horizonte e do Rio de Janeiro estão completamente parado. Na capital mineira, a estações de ônibus de Vilarinho e do Diamante amanheceram fechadas. No Distrito Federal, o sistema de ônibus está parado.

Além disso,  Belo Horizonte e na região metropolitana registra vários pontos de manifestação com vias fechadas. O Anel Rodoviário foi fechado na altura do bairro Betânia; na avenida Antônio Carlos, na Região da Pampulha, manifestantes fecharam a via próximo da entrada da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Inicialmente, os sindicatos dos funcionários do Metrô, da CPTM (trens metropolitanos) e ônibus anunciaram adesão total à paralisação. Mas decisões judiciais determinaram que os serviços deveriam continuar sendo oferecidos. Segundo a Secretaria de Transportes Metropolitanos (SMT), a Justiça determinou que o Metrô mantenha 100% do quadro de funcionários nos horários de pico e 80% no restante do dia e, na CPTM, 100% do quadro de servidores em todo o horário de operação.

A São Paulo Transportes (SPTrans, que cuida dos ônibus) também conseguiu uma decisão judicial que determina a manutenção do serviço. Em nota, afirmou que houve determinação para “que se mantenha o serviço, em especial nos horários de pico entre 5 horas e 9 horas e entre 17 horas e 20 horas, sob pena de multa de R$ 100 mil por dia, no caso de descumprimento”. A liminar, porém, não especifica a porcentagem da frota que deve funcionar nos horários de maior circulação.

Apesar disso, após assembleia no início da noite dessa quinta-feira , os metroviários de São Paulo decidiram que vão paralisar as operações. “Vamos parar tudo. A partir da meia-noite, já não vamos trabalhar”, disse Wagner Fajardo, diretor do Sindicato dos Metroviários. A decisão foi tomada mesmo com liminar da Justiça proibindo a paralisação. “Ainda estamos no prazo para contestar na Justiça, mas consideramos que essa decisão não se aplica, porque é um protesto nacional, não só dos metroviários. Não é por uma reivindicação só da nossa causa, a Justiça não tem como mediar isso, estão tirando nosso direito de greve.”

O Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de São Paulo decidiu em assembleia no início da noite dessa quinta aderir somente no início da manhã à greve geral. Os ferroviários desistiram da paralisação.

A prefeitura de São Paulo chegou a anunciar, à tarde, que o rodízio de veículos seria cancelado nesta sexta, mas depois voltou atrás na decisão.

Nas escolas, os sindicatos dos professores das redes de ensino municipal, estadual e particular decidiram aderir ao movimento. Ao menos 33 colégios particulares de São Paulo devem ter as atividades suspensas ou interrompidas parcialmente nesta sexta-feira. Segundo o Sindicato dos Professores de São Paulo (Sinpro-SP), entre os colégios que aprovaram a greve estão o Equipe, Oswald de Andrade, Notre Dame, Escola da Vila, São Domingos, Vera Cruz e Santa Cruz. Em alguns deles, as atividades só serão suspensas em um período ou para alguma etapa de ensino.

O Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo (Sieeesp), porém, repudiou a paralisação dos professores da rede particular e destacou que apoia a reforma da Previdência. “Não somos favoráveis à referida paralisação. Assim orientamos a todas as escolas no Estado de São Paulo, que as atividades escolares transcorram normalmente no próximo dia 14, sem o abono às eventuais faltas ocorridas”, disse o sindicato em nota.

Em São Paulo, a paralisação é parcial no metrô. As linhas 1-azul, 2-verde, 3-vermelha passaram a abrir parte das estações por volta das 6h. A linha 15-prata permanece fechada em toda sua extensão, enquanto as linhas 4-amarela e 5-lilás funcionam normalmente. No ônibus, a SPTrans informa que 91% da frota está nas ruas, e todas as linhas da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) estão operando normalmente.

No Rio de Janeiro, as linhas 1, 2 e 4 do metrô e os trens funcionam normalmente, de acordo com MetrôRio e SuperVia, respectivamente. Já em Curitiba, por volta das 6h, 63% da frota dos ônibus estavam nas ruas, segundo a Urbs (Urbanização de Curitiba), que administra os ônibus na capital paranaense. De acordo com a entidade, dois ônibus teriam sido levados por grevistas na madrugada, sendo que um dos veículos foi recuperado.

Belo Horizonte


A greve geral contra a reforma da Previdência e os cortes na educação desta sexta-feira (14) já afeta a mobilidade urbana nesta manhã em Belo Horizonte. Todas as estações do metrô estão fechadas, desde a Vilarinho, em Venda Nova, até a Eldorado, em Contagem. A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) confirmou o fechamento e informou que o Sindicato dos Metroviários de Minas Gerais está descumprindo a liminar determinando o funcionamento dos trens. 
A liminar determinava a circulação de 100% dos trens no horário das 05h30 às 10h e das 16h às 20h, com pena de R$ 200 mil por descumprimento.
Ônibus
Sindicatos representativos dos trabalhadores do transporte de passageiros de todas as cidades da região metropolitana informaram nessa quinta que a deliberação foi a mesma: cada funcionário decide se vai aderir à greve ou não.
Agência Estado e DomTotal, com informações do Uol e O Tempo

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