domingo, 21 de julho de 2019

Bispo dos EUA acusado de assédio sexual é proibido de participar de liturgias públicas

Michael Bransfield renunciou em 2018 após acusações de assédio sexual.

Por France Presse
Monsenhor Michael Bransfield, em imagem de arquivo de 21 de fevereiro de 2005.  — Foto: Dale Sparks/AP Monsenhor Michael Bransfield, em imagem de arquivo de 21 de fevereiro de 2005. — Foto: Dale Sparks/AP

O Vaticano proibiu de participar em toda liturgia pública o bispo americano Michael Bransfield, que renunciou em 2018 após acusações de assédio sexual, anunciou o portal Vatican News.

O monsenhor Brasnfield já não poderá mais residir em sua antiga diocese, nem participar de celebrações ou liturgias públicas, em qualquer lugar que esteja, e deverá desculpar-se publicamente pelo mal que causou, explica o Vatican News.

Com esta sanção contra o ex-bispo de Wheeling-Charleston (nordeste), "o Papa Francisco continua com sua linha de firmeza com o episcopado americano", agregou o portal do Vaticano, que cita também um comunicado da Nunciatura Apostólica dos Estados Unidos.

Será o futuro bispo desta diocese de Virgina Ocidental "quem deverá decidir concretamente os tipos de ações que poderá realizar seu antecessor para reparar suas faltas, em coordenação com a Santa Sé", afirma.

Em fevereiro passado, o papa argentino expulsou da função religiosa o cardeal americano Theodore McCarrick, acusado de abusos sexuais contra menores e jovens.

Abalada pelos escândalos de pedofilia, a Igreja Católica americana acaba de reforçar seu sistema de alerta sobre abusos sexuais, que incluirão também a hierarquia religiosa, em consonância com as recentes decisões do papa.

Reunidos em junho em Baltimore (Maryland, nordeste), os 22 membros da Conferência de Bispos dos EUA USCCB, aprovaram a mudança da lei canônica anunciada em maio pelo papa, que obriga o clero a alertar o Vaticano sobre os abusos.

Até o momento, as investigações internas eram supervisadas pelos bispos, que denunciavam os casos de acordo com a sua consciência.

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