sexta-feira, 5 de julho de 2019

Crimes de Moro impõem liberdade de Lula hoje

As novas revelações do site Intercept Brasil, desta vez em parceria com a Revista Veja, apontam novos crimes de Sérgio Moro, quando julgava os processos da Lava Jato; a partidarização do Judiciário reforça uma condenação de Lula sem provas e que fere o Estado Democrático de Direito; Justiça brasileira se desmoraliza cada vez mais

5 de julho de 2019, 09:16 h Atualizado em 5 de julho de 2019, 09:31
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(Foto: Lula Marques | Reuters)

247 - As novas revelações do site Intercept Brasil, desta vez em parceria com a Revista Veja, apontam novos crimes do atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, quando julgava os processos da Operação Lava Jato em primeira instância. A partidarização do Judiciário reforça uma condenação sem provas, questionada por vários juristas, e que fere o Estado Democrático de Direito. Justiça dentro da própria magistratura e punição a juristas dentro da lei, com as devidas garantias constitucionais, passa a ser mais que um imperativo com os escândalos que vêm sendo revelados pela Vaza Jato. 

Um diálogo demonstra uma relação no mínimo estranha entre a força-tarefa e o Supremo Tribunal Federal em um diálogo de Sérgio Moro com o procurador Deltan Dallagnol faz uma referência ao ministro Edson Fachin, do Supremo: "Em 13 de julho de 2015, Dallagnol sai exultante de um encontro com o ministro Edson Fachin e comenta com os colegas de MPF: 'Caros, conversei 45 m com o Fachin. Aha uhu o Fachin é nosso'", disse o procurador.

A reportagem aponta novamente para um conluio entre Sérgio Moro e procuradores no intuito de orientar as investigações, o que fere o princípio da equidistância entre magistrado e a parte acusatória. Ou seja, Moro extrapolou as duas funções de juiz. 

Vale ressaltar que outra matéria já havia apontado que procurador Deltan Dallagnol duvidava da existência de provas contra Lula, acusado de ter recebido um apartamento da OAS como propina. 

Outro detalhe é que o empresário Léo Pinheiro, da OAS, só passou a ter credibilidade para a Lava Jato depois que mudou sua versão e passou a acusar o ex-presidente Lula de ter recebido o triplex em Guarujá (SP) como propina. 

O ex-presidente, no entanto, nunca dormiu, nem tinha a chave do apartamento. E o procurador Henrique Pozzobon admitiu que não havia "prova cabal" de que Lula era o proprietário do apartamento que estava em nome da construtora. Com a violação do Estado Democrático de Direito para tirar a maior lidernaça popular do Páis da eleição de 2018, a sua liberdade seria um sinônimo do que se chama de democracia. Por enquanto, o Judiciário brasileiro se desmoraliza no mundo. 

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