segunda-feira, 1 de julho de 2019

Desajuste climático avança e ONU pede ação para evitar 'catástrofe'

O secretário-geral da ONU alerta que é preciso uma atuação 'com ambição e urgência' para a grave urgência climática que o mundo enfrenta.


Para conter o aumento das temperaturas a +1,5ºC é preciso reduzir em quase 50% as emissões de gases que provocam o efeito estufa.
Para conter o aumento das temperaturas a +1,5ºC é preciso reduzir em quase 50% as emissões de gases que provocam o efeito estufa. (Alain Jocard/AFP)
O desajuste climático avança mais rápido que o previsto, advertiu nesse domingo o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, em Abu Dhabi, onde defendeu uma ação urgente para evitar uma "catástrofe". "Estamos aqui porque o mundo enfrenta uma grave urgência climática", declarou Guterres durante uma reunião de dois dias sobre o clima nos Emirados Árabes Unidos, prévia a um encontro de cúpula que será organizado em 23 de setembro em Nova York.
"O desajuste climático está acontecendo agora (...) Avança mais rápido do que previam os melhores cientistas mundiais e supera nossos esforços para lutar contra", afirmou o chefe da ONU. Uma situação que continuará piorando a menos que "atuemos agora com ambição e urgência", completou.
O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) publicou um relatório em 2018 com a advertência de que limitar o aumento das temperaturas a 1,5 grau, em vez de 2 graus, como prevê o acordo de Paris de 2015, reduziria consideravelmente as consequências negativas da mudança climática.
Mas limitar o aumento das temperaturas globais a +1,5 grau implicaria reduzir em quase 50% as emissões de gases que provocam o efeito estufa até 2030 na comparação com 2010, segundo o IPCC, algo que certos países muito poluentes questionam.
AFP

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