quinta-feira, 11 de julho de 2019

Exumação: desaparecimento de Emanuela Orlandi


Resultado de imagem para exumaçao no vaticano
Exumações no Vaticano reavivam mistério sobre desaparecimento de Emanuela Orlandi

Sepulturas do Cemitério Teutónico do Vaticano são exumadas esta quinta-feira, em busca dos restos mortais de Emanuela Orlandi, desaparecida em 1983, então com 15 anos, no centro de Roma.

Sebastião Almeida 10 de Julho de 2019, 16:51

 Uma fotografia estará na origem do pedido de exumação solicitada pela família da rapariga desaparecida Foto
Uma fotografia estará na origem do pedido de exumação solicitada pela família da rapariga desaparecida LUSA/FABIO FRUSTACI

A 22 de Junho de 1983, Emanuela Orlandi regressava a casa depois de uma aula de flauta. Foi vista, pela última vez, numa paragem de autocarro no centro de Roma, em Itália. Depois disso, desapareceu sem deixar rasto. Passados 36 anos do seu desaparecimento, a família recebeu, em Março deste ano, uma carta anónima que mostrava a fotografia de um anjo em cima de um túmulo, no Cemitério Teutónico do Vaticano. Esta quinta-feira, a polícia vai entrar no cemitério fechado ao público para exumar duas sepulturas em busca da rapariga desaparecida.

Alcácer do Sal: uma “casa do Monopólio” em ponto grande
Emanuela, com 15 anos à altura, era filha de um trabalhador do Banco do Vaticano — este detalhe sempre suscitou dúvidas sobre se alguém no Vaticano teria algo que ver com o seu desaparecimento. Seguiram-se décadas de especulação. Teria sido raptada ou assassinada? Se sim, onde estaria o corpo? As respostas nunca chegaram e a família seguiu, ao longo dos anos, inúmeras pistas e rumores. Até agora. “Muitas pessoas dizem-me: ‘esquece, desfruta a tua vida, não penses mais sobre isso’”, disse o seu irmão mais velho à BBC. “Mas não consigo. Não conseguirei estar em paz se isto não for resolvido”, acrescentou Pietro Orlandi.

A fotografia era uma pista sobre onde estaria o corpo de Emanuela? A família sabia que tinha que pedir autorização ao Vaticano para entrar no cemitério onde costumam ser sepultados membros de instituições católicas de língua almã. Mas não foi bem-sucedida das primeiras vezes que entrou em contacto com a Igreja Católica. A família teve então de apresentar um pedido para que o Vaticano autorizasse a exumação. Um tribunal da cidade do Vaticano concedeu finalmente a autorização.

Nenhum comentário:

Postar um comentário