domingo, 7 de julho de 2019

Moro diz que não vai 'desistir de missão' por 'falsos escândalos'

Em entrevista, ele admite que troca de mensagens possam ter acontecido, mas ressalta que autenticidade do material deveria ter sido averiguada.


O ministro admite que
O ministro admite que "pode ter mensagens que tenham ocorrido", citando como exemplo o trecho revelado "In Fux, we trust". (Pedro França/Agência Senado)
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, afirmou, em entrevista ao Correio Braziliense, que não pretende deixar o cargo por causa das mensagens reveladas com procuradores da Lava Jato à época que era o juiz à frente da investigação na primeira instância. 
"Não vai ser por causa de falsos escândalos que vou desistir dessa missão", disse, referindo-se à consolidação dos avanços no combate à corrupção e ao crime organizado. Moro se refere à publicação das mensagens como "revanchismo" e afirmou que o hacker tem interesse principal de impedir novas investigações e anular condenações. 
Na entrevista, publicada neste domingo (7), o ministro admite que "pode ter mensagens que tenham ocorrido", citando como exemplo o trecho revelado "In Fux, we trust". "'Confio no ministro do Supremo'. Qual é o problema em falar nisso? Problema nenhum. Mas pode ter uma mexida numa palavra, na própria identificação e na atribuição dessas mensagens", disse, repetindo que deveria ter sido averiguada a autenticidade do material. 
Em relação à suposta interferência em uma possível delação do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, Moro disse que a atribuição não era dele, e sim do Supremo Tribunal Federal (STF) e da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Agência Estado/Dom Total

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