Escrito por Portal Click Política 7 de agosto de 2019
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A parceria do El País com o The Intercept Brasil iniciada nesta terça-feira (6) mostra que a obsessão de Deltan Dallagnol contra ministros do STF não se limitava apenas ao impeachment de Gilmar Mendes. Ele tinha também outro alvo: Dias Toffoli (foto), atual presidente do Supremo. Nas conversas fica claro que ele queria demover Mendes e Toffoli, que viu sua esposa sendo aparecendo como alvo de investigação em Curitiba como forma de retaliação.
“Sonho que Toffoli e GM [Gilmar Mendes] acabem fora do STF rsrsrs”, disse Dallagnol em mensagem do dia 20 de abril de 2017, no grupo Filhos de Januário 1. O comentário veio logo após o procurador defender que o impeachment de Gilmar “seria uma história bem típica de Lava Jato”. Esse foi apenas um de muitos comentários defendendo aos colegas que se trabalhasse para gerar uma interdição a Mendes, mostrando quase uma obsessão.
Esse desejo era visto com cautela por seus pares. A procuradora Laura Tessler chegou a pedir “calma” a Dallagnol após ele aventar, em maio de 2017, o pedido de impeachment em caso de concessão de habeas corpus a Antonio Palocci. Paulo Galvão, um dos mais cautelosos, tentou por várias vezes frear o coordenador da Lava Jato.
Na citação a Dias Toffoli, a mensagem destaca que Deltan atuava em duas frentes para realizar seu “sonho” de derrubar um ministro do Supremo, o que é ilegal, dado que esse tipo de investigação é restrita à Procuradoria-Geral da República e, dessa maneira, vedada a um procurador de primeira instância. Como mostrado em diálogos anteriores, a Lava Jato de Curitiba investigou Toffoli e a esposa dele, Roberta Rangel, para retaliar decisões do ministro contrárias aos interesses da Lava Jato.
CLICK POLÍTICA com informações de Revista Fórum
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