segunda-feira, 9 de setembro de 2019

Gilmar defende sua decisão que sacramentou o golpe de estado no Brasil

"Seria preciso ter todas as informações disponíveis e analisá-las em seu devido contexto", disse Gilmar sobre o assunto.

Mesmo diante das evidências de que o ex-presidente Lula não pretendia obstruir a justiça, mas sim garantir a governabilidade do governo da ex-presidente Dilma Rousseff, demonstradas neste domingo pela Vaza Jato, o ministro Gilmar Mendes defendeu sua decisão que abriu as portas para o golpe de 2016 no Brasil. “As informações disponíveis na época permitiam concluir que havia um viés de fraude na nomeação", disse ele
9 de setembro de 2019, 15:02 h Atualizado em 9 de setembro de 2019, 15:35
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247 - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes disse não se arrepender da decisão que tomou ao determinar a suspensão da nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ministro da então presidente Dilma Rousseff devido ao vazamento de conversas grampeadas e divulgadas irregularmente pela Lava Jato. “É muito estranho que somente um pedaço do fato e não sua inteireza tenha sido divulgado à época, disse Gilmar ao jornal Folha de S. Paulo. 

A declaração de Gilmar Mendes vem na esteira da divulgação de um novo episódio da Vaza Jato, pelo site The Intercept, que coloca em xeque a afirmação feita por procuradores da Lava Jato de que a nomeação visava obstruir as investigações. 

O ministro justificou a decisão que suspendeu a nomeação de Lula ao ressaltar que “as informações disponíveis na época permitiam concluir que havia um viés de fraude na nomeação, um desvio de finalidade, e foi esse o sentido da decisão”. 

A reportagem do Intercept, divulgada em parceria com a Folha de S. Paulo, apontam que os procuradores da Lava Jato vazaram propositadamente apenas um dos diálogos, o que foi travado entre Lula e Dilma, enquanto outros que demonstravam que Lula estava relutante em aceitar o cargo foram ignorados. 

Ainda segundo a reportagem os diálogos foram interceptados após a PF e as operadoras de telefonia já estarem de posse de decisões que determinavam as suspensões dos grampos. Ainda assim, o ex-juiz e atual ministro da Justiça, Sérgio Moro, determinou o levantamento do sigilo do áudio entre Dilma e Lula. 


"Mas é muito estranho que somente um pedaço do fato e não sua inteireza tenha sido divulgado à época", completou. 

"O importante agora é organizar uma fuga para frente", ressaltou. Para ele, “todas essas revelações estão expondo falhas no nosso sistema judicial, que permitiram abusos e mostram a necessidade de maior controle. Todos temos de fazer uma revisão". 

brasil247.com/

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