sábado, 7 de setembro de 2019

Líder da esquerda francesa visita Lula em Curitiba


Lula foi condenado a oito anos e 10 meses de prisão em segunda instância, em abril de 2018.


O deputado francês Jean-Luc Mélenchon chega à sede da Polícia Federal de Curitiba para visitar Lula.
O deputado francês Jean-Luc Mélenchon chega à sede da Polícia Federal de Curitiba para visitar Lula. (AFP)
Jean-Luc Mélenchon, chefe do partido de esquerda La France Insoumise (A França Insubmissa), afirmou que recebeu "energia" de Luiz Inácio Lula da Silva, ao visitá-lo na quinta-feira (5) em Curitiba, onde o ex-presidente está preso.
O deputado opositor ao presidente Emmanuel Macron qualificou o então juiz Sergio Moro, que em 2017 condenou Lula na primeira instância, de "personalidade politicamente corrompida".
Para Mélenchon, Sergio Moro, atual ministro da Justiça do presidente Jair Bolsonaro, está "disposto a sujar a Justiça de seu próprio pais para levar até o fim o processo político" contra Lula .
Mélenchon realiza uma viagem pela região e já se reuniu com líderes da esquerda no México, Argentina e Uruguai antes de chegar ao Brasil. Ex-candidato à presidência da França e primeiro líder político francês a visitar Lula na prisão, Mélenchon tem uma relação de amizade com o ex-presidente.
Mélenchon foi à sede da Polícia Federal em Curitiba, onde Lula está preso desde abril de 2018, após ser condenado a 8 anos e 10 meses por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex no Guarujá. "Eu saio, depois de receber a energia dele", disse Mélenchon à imprensa após a visita. "Eu o encontrei com a mesma força de caráter. Somos todos Lula!".
Mélenchon comentou que achou Lula, de 73 anos, "muito forte, em todos os aspectos", destacando que o líder petista corre 9 quilômetros todos os dias em uma esteira. "Ele nos chamou à resistência", disse o deputado francês, explicando que "grande parte da conversa envolveu o uso da Justiça em julgamentos políticos, a lei".
Na avaliação do deputado, Lula foi condenado por atos indeterminados. "Não há limite para o uso da Justiça em julgamentos políticos". "Estamos determinados a não permitir isto, cada um em nosso país. Vamos nos unir, vincular nossos grupos de advogados (...) para nos ajudar (...) nos julgamentos políticos que sofremos", acrescentou o deputado, que deve ser julgado em seu pais por incidentes durante uma operação policial na sede de seu partido.
"É o mesmo método (que a condenação de Lula), talvez não sejam as mesmas conclusões...", mas "as mesmas incriminações sem evidências e violações dos direitos de defesa", declarou Mélenchon.
AFP

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