Delegados dizem que o ex-juiz colocou a PF numa situação horrível ao sugerir que conhece inquéritos sigilosos e ainda fazer juízo de valor sobre os dados antes de a apuração ser concluída
Sergio Moro (Foto: Lula Marques)
Por Redação
O fato do ex-juiz e atual ministro, Sergio Moro (Justiça), correr em defesa do chefe, o presidente Jair Bolsonaro (PSL-RJ), nas denúncias de caixa dois reveladas no último domingo (6), dividiu agentes e delegados da Polícia Federal (PF).
Delegados dizem que o ex-juiz colocou a PF numa situação horrível ao sugerir que conhece inquéritos sigilosos e ainda fazer juízo de valor sobre os dados antes de a apuração ser concluída.
Os agentes, por sua vez, relativizam. Afirmam que há tentativa de criar tensão na gestão Bolsonaro, e que o ministro tenta apenas minimizar a pressão sobre o presidente.
As duas categorias concordam, no entanto, que Moro cruzou uma linha ao indicar que teve acesso a investigações sigilosas.
Em defesa do chefe
O ministro Sergio Moro (Justiça), a quem a Polícia Federal está subordinada, publicou em suas redes sociais neste domingo uma enfática defesa do presidente, apesar de as investigações estarem sob sigilo.
“Jair Bolsonaro fez a campanha presidencial mais barata da história. Manchete da Folha de S.Paulo de hoje não reflete a realidade. Nem o delegado, nem o Ministério Público, que atuam com independência, viram algo contra o PR [presidente da República] neste inquérito de Minas. Estes são os fatos”, afirmou.
Com informações do Painel, da Folha https://revistaforum.com.br/
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