Em debate após a exibição do filme “Marighella”, neste domingo (17), em Lisboa, o ator e diretor Wagner Moura disse ser vítima de censura no Brasil. “A censura no Brasil hoje é um fato. Interditaram a cultura”, declarou. A exibição do filme contou com a presença do ex-presidente do Equador Rafael Correa.
“Nós sabíamos que seria dificílimo fazer este filme. Estou muito preparado com isso (ameaças), não tenho problema nenhum em debater. O que eu não estava preparado era para o filme não estrear no Brasil, quando nós já tínhamos uma data de estreia, tudo combinado”, disse Wagner em uma sessão lotada.
Previsto para estrear em 20 de novembro – Dia da Consciência Negra e mês em que o assassinato do líder guerrilheiro completa 50 anos-, o filme teve o lançamento cancelado em setembro.
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Em nota, a O2 Filmes afirmou que os produtores “não conseguiram cumprir a tempo os trâmites exigidos pela Agência Nacional do Cinema (Ancine)”.
“Vou continuar lutando para que a estreia aconteça. Espero lançar no ano que vem”, disse Moura. Aplaudido em diversos momentos, Moura criticou o presidente Jair Bolsonaro (PSL) e as políticas culturais do governo. “‘Marighella’ não é um caso isolado. Bolsonaro declarou guerra à cultura”, disse.
*Com informaçãoes da Folha Press https://www.esmaelmorais.com.br/
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