Manifestação de Acies ordinata em frente à Conferência Episcopal Alemã / Crédito: AC Wimmer -
MUNIQUE, 20 Jan. 20 / 11:00 am (ACI).-
No sábado, 18 de janeiro, na cidade alemã de Munique, dezenas de católicos de todo o mundo rezaram em silêncio pela unidade da Igreja e se manifestaram pacificamente contra a Conferência Episcopal Alemã e seu polêmico “processo sinodal”, que teve início em 1º de dezembro.
Em uma coletiva de imprensa posterior, um porta-voz do grupo organizador “Acies ordinata” pediu que também seja realizado um boicote ao importo da Igreja ou Kirchensteuer. O grupo se descreve como uma “coalisão internacional de leigos católicos que são fiéis à tradição da Igreja”.
A manifestação pública aconteceu das 14h às 15 (hora local), no centro da histórica praça de Odeonsplatz, em frente a Theatinerkirche e Feldernhalle , edifícios construídos no século XIX para celebrar os heróis católicos da Baviera.
Os cerca de 100 participantes procedentes de Estados Unidos, Áustria, Brasil, Canadá, Chile, Estônia, França e Reino Unido formaram filas e permaneceram imóveis em frente à famosa fachada amarela da igreja dos Teatinos e de São Caetano durante uma hora, antes de começar a rezar em conjunto. A manifestação foi concluída com a oração do Credo.
Antes desta manifestação, desenvolveram-se outras duas em Roma, em 19 de fevereiro e em 28 de setembro de 2019. Entretanto, para esta ocasião, foi escolhida a capital bávara de Munique porque é a sede episcopal do Cardeal Reinhard Marx, Arcebispo de Munique e Freising e presidente da Conferência Episcopal Alemã.
“Tendo em consideração as convicções ideológicas e as declarações públicas de muitos bispos alemães, não temos dúvidas a respeito: o resultado do caminho sinodal só pode ser o estabelecimento de uma igreja separa de Roma”, indicou Acies ordinata em um comunicado lançado em 18 de janeiro.
Segundo o grupo, os bispos alemães “acreditam que é possível transformar a igreja a partir de dentro, confiando no apoio do Papa Francisco”, entretanto, indicou que “há assuntos, como a lei natural, a substância dos sacramentos e a constituição divina da Igreja, sobre os quis os bispos e o Papa não têm autoridade”.
“Pedimos ao Papa Francisco clareza. Que não ignore as posições dos bispos alemães nem seu objetivo, que é estender as decisões ‘vinculantes’ de seu ‘sínodo permanente’ à Igreja universal”, indicou Acies ordinata.
Em seguida, também pediu aos “bispos alemães que sejam igualmente consistentes em seguir o caminho sinodal até seu objetivo lógico, que é o estabelecimento de uma nova igreja com um rosto germânico-amazônico, separada da Igreja católica, apostólica e romana”.
“Finalmente, pedimos aos católicos alemães que contribuam para este processo de esclarecimento, ao deixar de pagar um imposto eclesiástico que é injusto do ponto de vista teológico, canônico e moral, e que constitui a base financeira necessária para completar o caminho sinodal”, disse o grupo.
Ao finalizar o evento em Munique, um grupo de porta-vozes deu uma coletiva de imprensa na qual se falou do “processo sinodal”, da crise da Igreja e do Sínodo da Amazônia.
O professor Roberto de Mattei, diretor da Fondazione Lepanto, fez um chamado aos católicos da Alemanha a boicotar o imposto da Igreja na Alemanha. O historiador comparou a situação atual ao conceito de “luta cultural”.
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