""Os mesmos que diziam que eu não posso concorrer à Presidência pelo PC do B são aqueles que achavam que eu jamais seria governador do Maranhão pelo PC do B", diz o governador do Maranhão, que também defende o diálogo com nomes da direita, como FHC e Luciano Huck
23 de janeiro de 2020, 06:05 h Atualizado em 23 de janeiro de 2020

O governador do Maranhão, Flávio Dino (Foto: Foto: Divulgação)
247 - O governador do Maranhão, Flávio Dino, do PCdoB afirma em entrevista que "ninguém tem força hoje para conter, sozinho, essa avalanche que está aí". A solução para a esquerda vencer as eleições está em "sentar com quem pensa diferente".
Definindo-se como um "militante antibolha", diz preferir o apresentador Luciano Huck dialogando com ele do que com Jair Bolsonaro. E justifica as conversas que realizou com lideranças como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
"O Brasil vive uma conjuntura de trevas. Nós temos uma ameaça objetiva à vida democrática, à dissolução da nação. O nazismo está entronizado como política de Estado daqui e de acolá. O vídeo desse secretário [Roberto Alvim] não é algo isolado. É preciso ter responsabilidade", afirmou ao programa de entrevistas da Folha e do UOL, em estúdio compartilhado em Brasília".
"Eu tenho responsabilidade com o Brasil e, por isso mesmo, não fico olhando preconceitos e rótulos, porque eu sei o tamanho dessa ameaça. O que estou procurando fazer é não deixar essa tal dessa bolha se cristalizar. Isso seria ruim para o Brasil."
Filiado a um partido comunista, ideologicamente materialista, o governador maranhense defende que "a religião é algo positivo para a sociedade, é algo inerente à vida humana, desde os seus primórdios".
Dino se declara religioso, e ressalva: "Claro que não é possível, em nome da chamada laicidade do Estado, que eu transforme a minha concepção religiosa em uma imposição para as outras pessoas". E acrescenta: "Não é verdade, nos dias de hoje, que o PC do B seja um partido antirreligioso".
Praticamente assumindo-se como candidato à Presidência da República em 2022, ele rebate a crítica de que um comunista não possa assumir esse cargo. "Os mesmos que diziam que eu não posso concorrer à Presidência pelo PC do B são aqueles que achavam que eu jamais seria governador do Maranhão pelo PC do B".
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