terça-feira, 31 de março de 2020

Bolsonaro fará novo pronunciamento no aniversário do golpe militar de 1964

Jair Bolsonaro deverá fazer novo pronunciamento nesta terça-feira (31), em que se completa 56 anos do Golpe Militar de 1964. Pandemia deve ser o tema principal. Em seu último pronunciamento, na terça, Bolsonaro chocou o país ao defender fim do isolamento e chamar a Covid-19 de "gripezinha"
31 de março de 2020, 15:09 h Atualizado em 31 de março de 2020
Jair Bolsonaro em pronunciamento em cadeia e rádio e TV
Jair Bolsonaro em pronunciamento em cadeia e rádio e TV (Foto: Reprodução/Twitter)

247 - Jair Bolsonaro deverá realizar um novo pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão nesta terça-feira (31), no dia que se completa 56 anos do Golpe Militar de 1964. 

Bolsonaro pode falar acerca das medidas adotadas pelo governo no enfrentamento ao novo coronavírus. Nesta manhã ele indicou que que deverá falar sobre a entrevista do diretor-presidente da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Ghebreyesus, que, segundo ele, mudou de posição e agora estaria apoiando a sua posição pelo fim do isolamento social e pelo retorno ao trabalho. A OMS, contudo, mantém sua posição inicial sobre a necessidade de se manter o isolamento. 

“Vocês viram o que o diretor presidente da OMS falou? Que tal eu ocupar a rede nacional de rádio e tevê para falar sobre isso? É uma boa ou não?”, disse Bolsonaro nesta terça-feira ao se encontrar com apoiadores na saída do Palácio do Alvorada. Mais cedo, ele havia publicado um vídeo nas redes sociais com trechos editados e fora do contexto da entrevista do diretor da OMS. 

Em pronunciamento no rádio e TV na última terça-feira, 24, Jair Bolsonaro voltou a comparar a Covid-19 a uma "gripezinha" ou "resfriadinho", atacou a imprensa e usou idosos para criticar o fechamento de escolas. Bolsonaro ainda voltou a atacar as medidas dos governadores, pedindo para eles "abandonarem o conceito de terra arrasada" (leia mais no Brasil 247).

Também nesta terça, a OMS rebateu a fake news propagada por Jair Bolsonaro, que espalhou nas redes sociais um vídeo editado com a fala do diretor-geral do órgão, Tedros Adhanom, para afirmar que a entidade mudou de posição e está ao seu lado na defesa do fim do isolamento social e no retorno ao trabalho para assegurar a renda das populações.

Diante da escancarada manipulação do presidente brasileiro, a OMS decidiu ir de maneira deliberada às redes sociais nesta terça-feira, e sem citar diretamente Bolsonaro, decidiu esclarecer seu posicionamento.

"Pessoas sem fonte de renda regular ou sem qualquer reserva financeira merecem políticas sociais que garantam a dignidade e permitam que elas cumpram as medidas de saúde pública para a Covid-19 recomendadas pelas autoridades nacionais de saúde e pela OMS", disse o diretor-geral da OMS (leia mais no Brasil 247).

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