Padre Geovane Saraiva*
O isolamento, ou confinamento,
como queiram, em nossos aposentos ou casas, pesa e exige enorme renúncia, mas
incomparavelmente menor, diante da dolorosa angústia de muitos irmãos e irmãs
que passam pelo sofrimento na própria pele, carne e ossos, pela devastação da
Covid-19, e também pelas pessoas relacionadas: os seus cuidadores.
Ficar em casa custa muito, sim!
Como é indispensável agir com ponderações, nestes tempos de Coronavírus! Somos todos,
agressivamente, atingidos por tal força devastadora, em primeiro lugar, por
causa da idade avançada de muitas pessoas que moram sozinhas; e também devido o
incômodo de um espaço, seja numa casa ou um apartamento pequeno, sem esquecer a
cruz pesada da aglomeração, exigindo-se renúncia e doação, para que a convivência
humana em família seja boa saudável.

Associados ao mistério da
encarnação, na Anunciação do Senhor,
quando Jesus entra no mundo querendo uma única coisa: habitar entre os seres
humanos e reconciliar todas as coisas consigo mesmo, como na seguinte
manifestação: “Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo!". Depois
da mensagem de Deus pelo anjo Gabriel, em meio às perplexidades, temos a
resposta de Maria: “Eis aqui a serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a tua
palavra” (cf. Lc 1, 38). Assim seja!
*Pároco
de Santo Afonso, Blogueiro, Escritor e integra a Academia Metropolitana de
Letras de Fortaleza (AMLEF).
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