O ministro da Justiça, Sérgio Moro, concedeu entrevista à CNN Brasil sobre a COVID-19 na noite desta segunda-feira, dia 30. Foi a primeira aparição do ex-juiz da Lava Jato, após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmar que Moro era “egoísta” e não pensava no governo.
Na entrevista, realizada no Palácio do Planalto, o ministro da Justiça defendeu que a opinião primária sobre a pandemia de coronavírus deve ser sempre a do Ministério da Saúde.
Acerca de um possível decreto do presidente Bolsonaro, revogando o isolamento, Moro disse que esse fato deve ser avaliado pelo colegiado do governo –se for concretizado.
O ministro avalia que “no final tudo vai dar certo” porque os governos estaduais, municipais –e o federal–, além da imprensa, estão trabalhando.
LEIA TAMBÉM
Bolsonaro ataca Moro e fica sozinho contra quarentena do coronavírus
Fachin nega prisão domiciliar a Geddel
Facebook e Instagram também apagam post de Bolsonaro sobre #Covid-19
“De forma nenhuma. Não vejo qualquer possibilidade, sequer remota dessa hipótese”, afirmou o ministro acerca de um hipotético rompimento democrático.
Para o ministro da Justiça, o combate ao coronavírus deve ser concentrado na Saúde.
Sérgio Moro criticou a soltura de presos da Lava Jato motivada pela pandemia de COVID-19.
“Não existe caso de coronavírus nos presídios que justifiquem a soltura”, disse.
PUBLICIDADE
Durante a entrevista, à CNN Brasil, o ministro Moro não parecia muito feliz. Nem citou com muito entusiasmo o chefe, o presidente da República, como dantes.
“O presidente tem uma preocupação válida com os empregos”, limitou-se a responder Sérgio Moro, ao ser perguntado sobre a “voltinha do coronavírus” dada por Bolsonaro no domingo (29), nas cidades satélites do DF, desrespeitando as orientações do Ministério da Saúde pelo isolamento social.
Nenhum comentário:
Postar um comentário