sábado, 18 de abril de 2020

Nelson Teich agora critica compra de “grande quantidade” de respiradores: “O que você fará com eles depois?”

O novo ministro da Saúde, Nelson Teich, já fala em “investimento desnecessário” para a cura do coronavírus, declaração que é motivo de preocupação para um País que se aproxima das 10 nações em casos de covid-19 no mundo. “Se você se prepara demais, se estrutura demais e amanhã sai um tratamento, você fez um investimento enorme desnecessário”, disse
18 de abril de 2020, 14:52 h Atualizado em 18 de abril de 2020, 15:01
(Foto: Júlio Nascimento - PR)

247 - O novo ministro da Saúde, Nelson Teich, já fala em “investimento desnecessário” caso haja um tratamento para a cura do coronavírus, declaração que é motivo de preocupação para um País em que o números de casos aumenta cada vez mais e aproxima o Brasil das 10 nações com as maiores quantidades de confirmações da covid-19 no mundo.

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“Se você se prepara demais, se estrutura demais e amanhã sai um tratamento, você fez um investimento enorme desnecessário”, disse em um videoconferência com investidores da área da saúde no último dia 7 de abril, no canal Oncologia Brasil, no Youtube.

“O exemplo que estou te dando agora é o seguinte: a gente estava conversando lá com o pessoal… Essa compra de aparelhos, de insumos, tudo isso. Se você comprar tudo para todo lugar ao mesmo tempo é um volume de dinheiro muito maior que se você tivesse parado para comparar a evolução dos diferentes países do Brasil e fosse remanejando. Porque, por exemplo, hoje você tem um número de ventiladores mecânicos que você precisa, aí de repente você dobra a sua quantidade de ventilador mecânico. O que você vai fazer com isso depois?”, acrescentou.,

“Então, você tem um planejamento do que vai acontecer depois. Você faz para o agora e tem que se preparar para as consequências do que fez hoje. E isso envolve investimento em equipamento, material humano, tudo isso. Então, eu se eu tivesse nessa posição, minha linha seria em que investir. Porque o gestor, ele não tem obrigação, o papel dele não é acertar o que vai acontecer. O gestor tem que mapear os possíveis cenários e estar preparado para todos eles idealmente, mesmos os mais prováveis, como são situações catastróficas como da Covid”, disse.

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