Pompeo Batoni (1708–1787)
É preciso mergulhar na misericórdia de Deus para tentar entender como somos amados por Ele
AQuaresma é um tempo propício de conversão, de buscarmos a proximidade com Deus.
Muitas vezes, nesta caminhada, nos afastamos tanto dEle que podemos pensar até que não seremos mais recebidos na casa do Pai.
Mas é pra mostrar que Deus sempre nos espera de braços abertos que Jesus contou a parábola do filho pródigo (Lucas 15, 11-31).
Vamos refletir sobre as atitudes do pai.
Primeiramente, ele viu seu coração se encher de tristeza quando o filho mais novo pediu a parte da herança e partiu daquela casa poucos dias depois. Foi um tempo de muita angústia para este pai, sem notícias do filho. Mas isso não tirou sua esperança de reencontrá-lo. Tanto que, ao voltar para casa, o filho foi avistado pelo pai quando ainda estava longe.
O pai correu ao seu encontro. Não ficou esperando ele chegar. Não questionou o que o filho havia feito, não perguntou por onde andou, não se importou com a aparência dele. Abraçou-o e cobriu-o de beijos.
O jovem não se achava mais digno de ser tratado como filho. Mas o pai não lhe deu ouvidos. Pediu aos empregados para trazerem a melhor túnica, que colocassem o anel no dedo do filho e sandálias em seus pés. Não foi só isso. Mandou matar o novilho gordo e fez uma festa. Por quê? Porque seu filho estava morto e reviveu. Estava perdido e foi encontrado.
Talvez aos olhos humanos essa atitude do pai não seja compreendida. É preciso mergulhar na misericórdia de Deus para tentar entender como somos amados por Ele.
Como o filho pródigo caiu em si durante o tempo de sofrimento, decidiu retornar e pedir perdão, nós também podemos fazer o caminho de volta à casa do Pai.
Temos um Deus misericordioso, cheio de um amor incompreensível para nossos padrões humanos, sempre disposto a nos acolher. Afinal de contas, “assim é a vontade de vosso Pai celeste, que não se perca um só destes pequeninos” (Mateus 18, 14).
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