sexta-feira, 8 de maio de 2020

Fazendo eco a Bolsonaro, Mourão ataca o STF

"Em um inquérito que, na minha visão, é um inquérito de muito estardalhaço e de pouco produção de algo que diga que o presidente realmente incorreu em crimes de responsabilidade", disse Hamilton Mourão sobre o inquérito que investiga possíveis interferências de Jair Bolsonaro na PF. Governo segue apostando na criação de inimigos para não se derreter ainda mais
8 de maio de 2020, 10:13 h Atualizado em 8 de maio de 2020

Hamilton Mourão
Hamilton Mourão (Foto: Alan Santos/PR)

247 - O vice-presidente, general Hamilton Mourão (PRTB), chamou de "estardalhaço" o inquérito autorizado pelo ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), para investigar as acusações do ex-ministro Sérgio Moro de que Jair Bolsonaro queria interferir na Polícia Federal. 

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"Em um inquérito que, na minha visão, é um inquérito de muito estardalhaço e de pouco produção de algo que diga que o presidente realmente incorreu em crimes de responsabilidade", disse Mourão em conversa com Gabriel Kanner, presidente do grupo de empresários Brasil 200.

"Na minha visão é muito claro, você como presidente, você como comandante está no direito de dizer: eu quero que a coisa seja feita assim. Se o subordinado, o ministro, não deseja, ele muda de ramo. Eu vejo a coisa muito simples, dessa forma. Se você expõe diálogos que são internos, do governo, isso não é bom", afirmou.

Moro deixou o governo no último dia 24 após Bolsonaro exonerar Mauricio Valeixo da Diretoria-Geral da PF. "O presidente me relatou que queria ter uma indicação pessoal dele para ter informações pessoais. E isso não é função da PF", disse o ex-juiz em coletiva de imprensa naquele dia. 

Na terça-feira (5), ministro Celso de Mello deu o prazo de 72 horas para o Planalto entregar uma cópia da gravação da reunião ministerial ocorrida no dia 22 de abril, em que Bolsonaro teria ameaçado Moro de demissão caso não permitisse interferências na PF.

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