segunda-feira, 15 de junho de 2020

Charge de Aroeira: Bolsonaro ataca liberdade de expressão e pede inquérito da Polícia Federal

No seu mais duro ataque à liberdade de expressão, o governo de Jair Bolsonaro decidiu pedir à Polícia Federal e ao Ministério Público investigação sobre uma charge de Renato Aroeira, que faz alusão a uma suástica. Bolsonaro já teve um secretário de Cultura demitido por imitar Goebbels e foi criticado pela comunidade judaica por usar um slogan nazista
15 de junho de 2020, 15:23 h Atualizado em 15 de junho de 2020

(Foto: Edição Brasil 247)
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247 - O ministro da Justiça, André Mendonça, anunciou nesta tarde o mais duro ataque do governo de Jair Bolsonaro à liberdade de expressão. O motivo é uma charge de Renato Aroeira, um dos mais consagrados cartunistas brasileiros, em que uma cruz vermelha de um hospital é transformada em suástica, símbolo do nazismo. Trata-se de uma crítica amparada pela liberdade de expressão, que é cláusula pétrea da Constituição brasileira.

“O pedido de investigação leva em conta a lei que trata dos crimes contra a segurança nacional, a ordem política e social, em especial seu art. 26”, disse André Mendonça, em seu twitter. Confira abaixo:


André Mendonça
@AmendoncaMJSP
 · 2h
Solicitei à @policiafederal e à @MPF_PGR abertura de inquérito para investigar publicação reproduzida no Twitter Blog do Noblat, com alusão da suástica nazista ao presidente Jair Bolsonaro. (...)


André Mendonça
@AmendoncaMJSP
O pedido de investigação leva em conta a lei que trata dos crimes contra a segurança nacional, a ordem política e social, em especial seu art. 26.

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14:16 - 15 de jun. de 2020
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Curiosamente, o governo Bolsonaro já foi criticado pela própria comunidade judaica por utilizar métodos de comunicação e slogans nazistas. Antes disso, Bolsonaro teve que demitir o então secretário de Cultura, Roberto Alvim, que fez uma imitação de Goebbels, ministro da propaganda de Hitler. Em mensagem privada, o decano do Supremo Tribunal Federal comparou o Brasil de Bolsonaro à Alemanha hitlerista.

Procurado pelo 247, o cartunista Renato Aroeira disse que a Secom deveria mudar de nome e passar a se chamar SeCen - Secretaria de Censura.

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