O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, divulgou nota oficial neste domingo (14) condenando ataque com fogos de artifício à Corte na noite deste sábado (13).
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O magistrado atribuiu a agressão à “integrantes do próprio Estado” e por bolsonaristas que seriam a minoria da população.
Sem citar claramente o nome de Jair Bolsonaro (sem partido), seus ministros e apoiadores, Dias Toffoli sinalizou que quer o ‘couro’ do presidente da República.
Após o ataque de ontem à noite, o governador do DF Ibaneis Rocha (MDB) proibiu manifestações na Esplanada dos Ministérios e o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) também vetou a aproximação de bolsonaristas do Congresso, que foi alvo de tentativa de invasão na tarde deste sábado.
A seguir, leia a íntegra da nota do STF:
Infelizmente, na noite de sábado, o Brasil vivenciou mais um ataque ao Supremo Tribunal Federal, que também simboliza um ataque a todas as instituições democraticamente constituídas.
Financiadas ilegalmente, essas atitudes têm sido reiteradas e estimuladas por uma minoria da população e por integrantes do próprio Estado, apesar da tentativa de diálogo que o Supremo Tribunal Federal tenta estabelecer com todos, Poderes, instituições e sociedade civil, em prol do progresso da nação brasileira.
O Supremo jamais se sujeitará, como não se sujeitou em toda a sua história, a nenhum tipo de ameaça, seja velada, indireta ou direta e continuará cumprindo a sua missão.
Guardião da Constituição, o Supremo Tribunal Federal repudia tais condutas e se socorrerá de todos os remédios, constitucional e legalmente postos, para sua defesa, de seus Ministros e da democracia brasileira.
Ministro Dias Toffoli
Presidente do Supremo Tribunal Federal e do Conselho Nacional de Justiça
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Globo divulga ‘powerpoint’ do gabinete do ódio, responsável por fake news de Bolsonaro
O jornal Globo publicou neste domingo (14) o que se pode chamar de ‘powerpoint’ do gabinete do ódio, estrutura responsável pela disseminação de fake news do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Segundo reportagem, o grupo começou ser recrutado em março de 2017 pelo vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), o Carluxo, filho do presidente da República chamado pelo pai de “Zero Dois”.
O Globo apresenta uma árvore com ‘quem é quem’ no gabinete do ódio, que é investigado pelo inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) e pela CMPI do Congresso Nacional.
O jornal detalha quem são os assessores recrutados por trabalho nas redes sociais, a favor de Bolsonaro nos últimos anos:
José Mateus Sales Gomes (Bolsonaro Zuero);
Tércio Arnaud Thomaz (Bolsonaro Opressor);
Matheus Matos Diniz (Secom);
Guilherme Julian Freire (Endireita Fortaleza);
José Henrique Cardoso Rocha (SP Conservador);
Carlos Eduardo Guimarães (Bolsofeios).
O youtuber Felipe Neto, pelo Twitter, elogiou a reportagem publicada no Globo. “Essa matéria do Sonar ficou excelente, é leitura obrigatória para todos. Mostra como foi a origem do Gabinete do Ódio, como tudo começou e como está agora. Mostra a simplicidade da coisa e como é feito por moleques.”
Além de dar nome aos bois, o ‘powerpoint’ do Globo também levanta os salários dos integrantes do gabinete do ódio, bem como quando e de quais páginas eles surgiram.
O primeiro parágrafo da matéria deixa claro que o presidente Jair Bolsonaro sempre creditou o triunfo de sua vitória eleitoral em 2018 à estratégia digital traçada pelo filho “02”, o vereador Carlos Bolsonaro, nas mídias sociais.
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