quarta-feira, 24 de junho de 2020

Funcionários do Banco Mundial: Comissão de Ética contra nomeação de Weintraub

Funcionários do Banco Mundial vão à Comissão de Ética contra nomeação de Weintraub
Associação de funcionários da instituição pediu a abertura de uma investigação e a suspensão da nomeação do ex-ministro Abraham Weintraub para uma diretoria do banco por razões éticas
24 de junho de 2020, 14:34 h Atualizado em 24 de junho de 2020
Ministro da Educação Abraham Weintraub
Ministro da Educação Abraham Weintraub (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)
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247 - A associação de funcionários do Banco Mundial encaminhou uma carta ao Comitê de Ética da instituição pedindo que seja aberta uma investigação contra o ex-ministro Abraham Weintraub, indicado pelo governo Jair Bolsonaro para uma diretoria do banco.  No documento, protocolado nesta quarta-feira (22), a associação também pede que a nomeação de Weintraub seja suspensa até a conclusão do processo. O documento sobre a posição da entidade foi encaminhado para todos os funcionários do banco.

Segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, a carta destaca as falas preconceituosas do ex-ministro em relação à China e minorias, e os ataques feitos por ele ao Supremo Tribunal Federal (STF).  "O Banco Mundial acaba de assumir uma posição moral clara para eliminar o racismo em nossa instituição. Isso significa um compromisso de todos os funcionários e membros do Conselho de expor o racismo onde quer que o vejamos. Confiamos que o Comitê de Ética  compartilhe dessa visão e faremos tudo ao alcance para aplicá-lá", dizem os funcionários  em um trecho da carta. 

A carta da associação do funcionários do Banco Mundial observa, ainda, que "de acordo com múltiplas fontes, o senhor Weintraub publicou um tuíte de carga racial, ridicularizando o sotaque chinês e culpando a China pela covid-19, e acusando os chineses de 'dominação mundial'; levando a Suprema Corte a abrir uma investigação por crime de racismo".

A associação ressalta que “embora sua indicação tenha sido condenada por vários países clientes, a Associação de Funcionários entende que a escolha deste diretor executivo é do Brasil e somente do Brasil", mas observam que é preciso respeitar padrões de integridade e de ética na conduta pessoal e profissional, estando estes em linha com práticas e políticas adotadas pelo banco.  

“Solicitamos formalmente ao Comitê de Ética que reveja os fatos subjacentes às múltiplas alegações, com intenção de (a) colocar sua indicação em espera até que essas alegações possam ser revisadas e (b) garantir que o Sr. Weintraub seja avisado de que o tipo de comportamento pelo qual ele é acusado é totalmente inaceitável nesta instituição”, pontua o documento. 

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