domingo, 14 de junho de 2020

Grupo de teólogos pede ao Vaticano que revogue excomunhão de Lutero

Segundo os teólogos, ato seria simbólico e importante ao ecumenismo
Martinho Lutero foi excomungado em 1521
Martinho Lutero foi excomungado em 1521 (Reuters)
Caso a resposta da hierarquia católica seja positiva, tratar-se-á de um gesto histórico para o ecumenismo: o desafio ao Vaticano para que revogue a excomunhão de Lutero partiu do Grupo de Discussão Ecumênica de Altenberg, uma comunidade de teólogos que se dirigiu também à Federação Luterana Mundial para que retire a declaração de “Anticristo” que Lutero fez a Leão X, o papa que o excomungou.

"O ecumenismo vive de atos simbólicos e o retirar da condenação de Lutero seria particularmente importante", defende a teóloga católica Johanna Rahner. Em declarações ao site Catholic.de, a estudiosa sublinhou que uma decisão assim “permitiria à Igreja Católica expressar o seu apreço pelos protestantes de hoje”.

A Federação Luterana Mundial e o Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos estão planejando para 3 de janeiro do próximo ano uma iniciativa conjunta que assinalará o 500º aniversário da excomunhão de Martinho Lutero, ocorrida em 1521, um momento que o grupo de teólogos considera propício ao levantamento das “excomunhões mútuas”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário