sábado, 13 de junho de 2020

Haddad: Bolsonaro esconde mortos e naturaliza a barbárie

Ex-prefeito lembra ainda que o fascismo "é um agito permanente e sem rumo" e que o golpe é um processo que está em curso
13 de junho de 2020, 05:25 h Atualizado em 13 de junho de 2020
Fernando Haddad e Jair Bolsonaro
Fernando Haddad e Jair Bolsonaro (Foto: Divulgação | Reuters)
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247 – O presidenciável Fernando Haddad aponta, em sua coluna deste sábado, na Folha de S. Paulo, a natureza do projeto neofascista de Jair Bolsonaro e seu viés autoritário. "Esconder mortos é coisa de ditadura. E o que acontece no nosso país, de erosão da democracia 'desde dentro', é algo bem diferente de um golpe clássico. Uma das falhas da palavra de ordem 'não vai ter golpe' era passar a ideia subjacente de que havia um plano que seria executado em data determinada, quando, na verdade, estávamos diante de um 'processo', que, aliás, está em curso. Não há uma via única para suprimir a democracia. O golpe clássico é apenas uma das formas. O método fascista é algo muito distinto e, em certas circunstâncias, mais eficaz", descreve Haddad.

"O grande mérito da democracia moderna é contar com filtros que obstruem a emergência do lado podre de uma sociedade que sempre flertou com a morte. Nesse flerte reside a naturalização cotidiana da barbárie. O único legado do fascismo é um rastro de destruição: não se pode acusá-lo de inércia; ele é um agito permanente e sem rumo", aponta ainda o ex-prefeito.

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