quarta-feira, 24 de junho de 2020

Novos passos da Igreja na Alemanha na luta contra abusos

"As pessoas afetadas lutaram por um longo tempo por isso", diz Johannes-Wilhelm Rörig, comissário independente de investigação
Em dezembro de 2019, a Conferência Episcopal Alemã, havia instituído um Conselho Consultivo para ajudar e institucionalizar a assistência às vítimas de abuso sexual por parte do clero e para prevenir tais crimes.
Vatican News

Foi assinada na segunda-feira, 22, pela Conferência Episcopal Alemã e a Comissão Independente de Investigação, a "Declaração Conjunta sobre critérios e padrões vinculativos para uma Investigação Independente sobre abusos sexuais na Igreja Católica na Alemanha". A informação é do site do episcopado alemão.

Representando os bispos alemães, o comissário da Conferência Episcopal para as questões relacionadas aos abusos sexuais na Igreja e para as questões de proteção de crianças e jovens, Dom Stephan Ackermann, que com o comissário independente para as questões relativas aos abuso sexuais contra menores, Johannes-Wilhelm Rörig assinou o documento que visa identificar conjuntamente critérios e estruturas vinculativas para uma reavaliação completa e independente dos casos de abuso sexual na Igreja.

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"Esta declaração conjunta é a base decisiva para uma transparente tomada de consciência dos abusos sexuais e constitui um exemplo para os demais atores sociais – observou Johannes-Wilhelm Rörig. Com a adoção da declaração conjunta, os bispos tomaram a decisão irreversível e vinculante para uma tomada de consciência independente dos abusos sexuais no âmbito católico. As pessoas afetadas lutaram por um longo tempo por isso. O processo pode agora ocorrer em todas as dioceses, segundo padrões e critérios uniformes. Transparência, uniformidade e sensibilidade para com as pessoas envolvidas se tornarão agora vinculantes".

A satisfação dos bispos foi expressa por Dom Stephan Ackermann, que afirmou que os processos terão que estar em conformidade com o texto assinado. “É bom – acrescentou ele - que os representantes da Igreja, os especialistas independentes da ciência, da prática profissional, da justiça e da pública administração, bem como as pessoas envolvidas, trabalhem juntas nas comissões a serem instituídas. Ao mesmo tempo, é assegurado que todos os esforços diocesanos já existentes possam continuar e que os conhecimentos já adquiridos possam ser levados para o processo".

Vatican News - RB

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