sexta-feira, 12 de junho de 2020

Sérgio Moro diz que foi “constrangedor” ser padrinho de Carla Zambelli


Nunca convide o ex-ministro Sérgio Moro para padrinho, seja de casamento, seja de batizado de seu filho. O moço se desfeita nesta quinta-feira (11) do convite que recebeu para ser padrinho de casamento da deputada Carla Zambelli (PSL-SP). Ela se casou em fevereiro deste ano com coronel da PM cearense Aginaldo de Oliveira.

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O ex-ministro e ex-juiz Moro, em entrevista à Rádio Gaúcha, afirmou hoje pela manhã que foi “constrangedor” ser padrinho da parlamentar bolsonarista.

“Eu pouco conheço a Zambelli. Essa questão do padrinho foi aquele tipo de convite que você fica um pouco constrangido ‘ah, vamos lá prestigiar e tal’, mas não tenho relacionamento pessoal próximo, nunca tive, com a deputada”, garantiu.


O arroz doce azedou entre a deputada e seu “ex-padrinho” de casamento depois que Moro saiu do Ministério da Justiça atirando contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

De acordo com o ex-padrinho, Bolsonaro quis interferir nas investigações da Polícia Federal e tentou comprar Moro com uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF).

Como de praxe, Sérgio Moro vazou para a Globo uma mensagem que recebeu da deputada Carla Zambelli: “Por favor, ministro aceite o [Alexandre] Ramagem [no comando da PF] e vá em setembro para o Supremo Tribunal. Eu me comprometo a ajudar a fazer Bolsonaro prometer”.


Depois de exposta no Jornal Nacional, a parlamentar aliada de Bolsonaro acusou o ex-juiz da Lava Jato de perseguir o PT e poupar o PSDB durante o petrolão.

“Essas questões que a Lava Jato teria sido politicamente orientada, isso é um discurso de muitas pessoas, o velho álibi da perseguição política, não me reporto ao que diz a deputada em questão”, desconversou Moro na entrevista à rádio de Porto Alegre (RS).

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Datena anuncia disputa da eleição em São Paulo; apresentador pode ser vice de Covas


O apresentador José Luiz Datena anunciou nesta quinta-feira (11) que será candidato pelo MDB nas eleições municipais de São Paulo. “Vai ser um ladrão a menos na política”, jurou o dublê de comunicador e político.

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Datena garantiu que ainda não decidiu se vai concorrer ao cargo de prefeito ou de vice-prefeito. Ao confirmar sua candidatura no início desta tarde, o apresentador da Band alfinetou políticos: “Nunca roubei na minha vida. Posso não ser o melhor candidato, mas ladrão eu não sou”, insistiu.


As declarações foram feitas enquanto ele entrevistava o jornalista Leo Dias ‘No Papo com Datena’, o seu canal no YouTube.

Questionado sobre se voltaria a ser candidato neste ano, o âncora do Brasil Urgente respondeu: “No meio desse monte de coisa, eu tenho, na realidade, duas propostas: Uma, bem clara, de ser candidato a vice. Praticamente acordada”, disse.

Recentemente, Datena publicizou um rompimento com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Após a divulgação do vídeo da reunião ministerial, ocorrida em 22 de abril, o apresentador da Band afirmou ao vivo na TV que jamais entrevistaria de novo o ocupante do Palácio do Planalto.


Dito isso, a condição de candidato o aproxima do PSDB em São Paulo. Pela fala de Datena, nesta quinta, ele pode ser o vice na chapa do atual prefeito Bruno Covas (PSDB).

O apresentador José Luiz Datena, após a banana que deu ao vivo para Bolsonaro, pode querer roubar a bandeira de oposição à imbecilidade que tomou conta do governo federal.

“Tem também a probabilidade de ser candidato a prefeito”, despistou, após admitir concorrer a vice. Segundo ele, seria a oportunidade de aprender com quem já é do ramo.

Em 2018, Datena chegou a anunciar sua candidatura ao Senado, mas acabou recuando por não ter experiência na política.

“Estou mais próximo de ser candidato dessa vez, ou a vice, que aí eu não saio com o nariz no vento e vou no vácuo de alguém até aprender como administrar uma cidade”, continuou. “Acho que para ser prefeito direto, é meio complicado”, afirmou.

O jornalista revelou que desta vez seus filhos não estão mais tão preocupados com sua saída da TV para entrar no meio político. “Ano passado houve certa resistência. A pessoa que mais me apoiou foi minha mulher. Agora, o povo [de casa] não está nem aí mais comigo”, brincou o apresentador.

Datena contou que sua principal motivação é ajudar as pessoas: “Estou vendo tanta roubalheira no meio da pandemia… Está na hora de dar uma virada na minha cadeira. Gostaria de ajudar muita gente”, assegurou. “A chance é maior do que quando concorri ao Senado”, também disse.

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