quarta-feira, 1 de julho de 2020

Bomba: reportagem mostra que Lava Jato recebia instruções dos Estados Unidos


A Agência Pública e o site The Intercept Brasil, em nova reportagem especial, mostram como a força-tarefa Lava Jato se transformou num braço policial do FBI (Federal Bureau of Investigation) –a polícia federal americana– ao arrepio da Constituição Federal do Brasil.

A reportagem de Natalia Viana e Rafael Neves, publicada nesta quarta-feirea (1º de julho), deixa claro que os procuradores da “República de Curitiba” falam inglês dos Estados Unidos e são submissos ao FBI.

“Pela lei, nenhum agente americano pode fazer diligências ou investigações em solo brasileiro sem ter autorização expressa do Ministério da Justiça, pois as polícias não têm jurisdição fora dos seus países de origem”, escrevem os repórteres.

“Intercept” e “Pública” se escoram em mensagens originais obtidas pelo site do jornalista americano Glenn Greenwald, responsável pela série ‘Vaza Jato’, que há um ano denunciou o conluio existente entre o Ministério Público Federal (MPF) do Paraná e o então juiz Sérgio Moro. O sistema acusatório penal brasileiro, previsto na Constituição, veda o conluio entre acusação e julgador.

O ex-senador Roberto Requião (MDB-PR), nesta terça-feira (30), sem exageros, sugeriu que Augusto Aras, da Procuradoria-Geral da República (PGR), fosse aos Estados Unidos em busca de informações sobre a Lava Jato. “Vá à fonte, no Departamento de Estado”, orientou o ex-senador paranaense, diante da negativa da força-tarefa de Curitiba.

Requião faz pergunta sobre a Lava Jato cuja resposta certa vale um milhão de dólares

“Simples, a lava jato não quer partilhar com a PGR dados que generosamente partilhou com os Estados Unidos?”, questionou o emedebista.

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