Foram 88 contas derrubadas pelo Facebook que estão diretamente ligadas aos gabinetes de Jair, Flávio e Eduardo Bolsonaro e outros aliados
8 de julho de 2020, 16:25 h Atualizado em 8 de julho de 2020
Eduardo, Jair e Flávio Bolsonaro (Foto: Reuters | Reprodução)
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247 - O Facebook tirou do ar nesta quarta-feira (8) 88 contas e páginas com operações ligadas a funcionários de Jair, Flávio e Eduardo Bolsonaro, o chamado gabinete do ódio, segundo informações do jornal O Globo. As contas também têm relações com funcionários dos deputados estaduais Alana Passos e Anderson Moraes (PSL-RJ).
De acordo com o Facebook, as contas derrubadas agiam desde as eleições de 2018 para enganar sistematicamente o público, sem informar a verdadeira identidade dos administradores. Também foram removidas 38 contas do Instagram envolvidas com irregularidades.
Na somatória, o esquema alcançava uma audiência de 2 milhões de pessoas, segundo a empresa Digital Forensic Research Lab (DRFLab), especializada no combate à desinformação.
O DRFLab apontou que o assessor especial da presidência da República, Tércio Arnaud Thomaz, é um dos responsáveis de pela administração de algumas páginas, como a “Bolsonaro Opressor 2.0” no Facebook e a @bolsonaronewsss no Instagram.
“Muitas páginas do conjunto foram dedicadas à publicação de memes e conteúdo pró-Bolsonaro enquanto atacavam rivais políticos. Uma dessas páginas foi a página do Instagram @bolsonaronewsss. A página é anônima, mas as informações de registro encontradas no código fonte confirmam que pertence ao Tercio Arnaud. O conteúdo era enganoso em muitos casos, empregando uma mistura de meias-verdades para chegar a conclusões falsas”, diz o relatório do DRFLab
Paulo Eduardo Lopes, o Paulo Chuchu, assessor de Eduardo Bolsonaro, é visto pelo DRFLab como "um dos principais operadores de rede”.
Os pesquisadores não encontraram dados suficientemente conclusivos sobre indícios de participação de assessores de Flávio Bolsonaro no esquema.
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