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Redação da Aleteia | Jul 17, 2020
E a resposta a uma pergunta que parece contraditória, mas é decisiva: por que Deus às vezes parece “tratar mal” os Seus amigos?
Muitas vezes, Deus nos permite passar por “poucas e boas”, por motivos que só Ele conhece e que para nós parecem perfeitamente sem sentido nem razão. E mesmo que tenhamos (ou tentemos ter) uma relação de confiança, fé e filialidade com Ele, nem sempre é fácil aceitar de bom grado essas provações que Ele permite que enfrentemos.
Essa experiência não é novidade alguma: as vidas dos grandes santos estão repletas de fases difíceis, nas quais ocorre a oportunidade de escolher livremente renovar a fé n’Ele quando tudo provoca desânimo. Vários desses grandes santos atravessaram a assim chamada “noite escura da alma”, terrível experiência de aridez espiritual tão intensa que se chega perto de renunciar à própria fé na existência divina.
Mas Deus permite apenas o que podemos suportar. E a seguinte anedota ilustra bem essa verdade:
Conta-se que Santa Teresa de Ávila estava indo de burro até um dos conventos da ordem carmelita quando o burro achou por bem derrubá-la em plena lama. Além de se sujar toda, ela ainda machucou a perna.
Ela então olhou para o céu e disse a Deus, com quem tinha grande intimidade filial:
“Senhor, que bela hora para acontecer isto! Por que deixastes isso acontecer?”
Uma voz do Céu lhe respondeu:
“É assim que trato os meus amigos!”
A santa mística retrucou no ato:
“Então não me admira que tenhais tão poucos!”
A propósito: bons amigos desabafam uns com os outros – e isso vale para a nossa amizade com Deus também.
Se você estiver passando por provações, sejam grandes ou pequenas, abra-se com Deus como um amigo sem máscaras: desabafe, diga que não entende, renove a confiança n’Ele, peça a Sua ajuda e faça a sua parte. As fases difíceis são apenas fases: elas passarão.
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