Padre Geovane Saraiva*
As divisões polarizantes são visíveis, de um espírito odioso de guerrear, levando em conta o mau uso dos recursos humanos, no nosso mundo atual, que é uma aldeia ameaçada, com indicadores de que sua extinção é possível. Constata-se, nesse sentido, um esforço gigantesco, desumano e demoníaco, em quase todos os lugares, tanto entre as nações, quanto nas iniciativas de diversos grupos e classes sociais, como se não valesse mais o conselho do doutor da graça, Santo Agostinho: “Nas coisas necessárias, a unidade; nas contingentes, a liberdade; mas em tudo, a caridade”.
Mais do que nunca a humanidade precisa acreditar no espírito e reconciliação, mas a partir da entrega de Cristo, a ponto de morrer na cruz, no seu gesto maior e supremo, no amor pelos últimos da sociedade, de forma carismática, na fidelidade ao Pai. Que o espírito quaresmal, presente na nossa mente e no nosso coração, estimule a aproximação do filho de Deus em todos, imitando seu gesto generoso, com o desejo de um mundo reconciliado, restaurado e pacificado no amor.
Fica o nosso “não” ao Brasil como reprovação da eloquente retórica, mas de tal modo omissa e pusilânime, além de assassina e covarde, ao se desprezar com veemência a dignidade da vida nos seus sinais sagrados de esperança. Que todos nos sintamos desafiados a abraçar a vida e, igualmente, a interditar a estrada da morte, de risos cínicos e caçoadores, afastando-nos do coração aquele ódio, indicador da barbárie humana. Assim seja!
*Pároco de Santo Afonso, blogueiro, escritor e integrante da Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza (AMLEF).
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