Padre Geovane Saraiva*
Pouco tempo após o nascimento de Jesus, recebe a ordem do alto dos céus: “Levanta-te, pega o menino e Maria, sua mãe, e foge para o Egito” (Mt 2, 3). Tempos depois, o anjo lhe diz: “Vai para a terra de Israel”. É dura a partida, mas de imediato, de noite, José foi flexível à voz soberana, por estar diante de tal situação, sem pedir explicações e não sendo causa de objeções. Pensemos na grandeza de uma alma literalmente obediente: “Servo fiel e prudente a quem o Senhor confiou sua família” (Lc 12, 24), totalmente disponível ao projeto de Deus. Esteve sempre atento à convocação divina e amplamente entregue ao serviço do Senhor, na perfeita dedicação, no amor a Deus, de todo o coração, de toda a alma e com todas as forças.
São José, da descendência de Davi, como nos asseguram as Escrituras Sagradas, une Jesus de Nazaré à linhagem do povo eleito, o qual esperava pelo Messias. Cabe a nós, pois, pensar na benevolência de Deus, que é a de reconciliar consigo mesmo todas as coisas. Vemos que, por meio de simples e humilde carpinteiro de Nazaré, se realiza a profecia anunciada a Davi: “Tua casa e teu reino serão estáveis para sempre diante de mim, e teu trono será firme para sempre” (cf. 2 Sm 7, 16), no sol da justiça, mistério oriundo do seio sagrado da Virgem Maria. Amém!
*Pároco de Santo Afonso, blogueiro, jornalista, escritor, poeta e integrante da academia Metropolitana de Letras de Fortaleza (AMLEF).
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