A verdadeira esperança encontra
seu cerne, quando se vislumbra garantia de respeito para com a vida, em toda sua
profundeza, tendo como fundamento, o absoluto, o mundo restaurado e pacificado,
na promessa de Deus, pelo mistério indizível da ressurreição de Cristo. Que cada
leitor possa refletir sobre a esperança verdadeira, não fruto do próprio
esforça humano, mas no dom do Espirito de Deus, tendo sua perceptível consistência
num projeto de paz, num entranhamento íntimo e sereno, firmemente inclinado aos
bens futuros, apesar de tudo que se possa acontecer. Também quando se assume combater
toda e qualquer pessimismo.
A esperança quer ser, de outro modo,
a capacidade das pessoas nunca se tornarem amarguradas e rancorosas, na mais irrestrita
confiança de que a vida da criatura tem sua razão existencial, colocada nas
mãos de Deus. Significa esperar, igualmente, na convicção de que a vida deste
mundo, a partir das melhores mãos, querendo Deus o bem de cada pessoa humana e
o bem de todos. Esperança, sim, na qual brilha o sol verdadeiro, com todo seu
esplendor, penetrado dentro em nós, pelo Santo de Deus, no seu resplandecente fulgor.
A fé pede fascínio e encantamento, pede
coragem e confiança. Pede expulsão da indiferença displicente e distraída. A fé
consequente se traduz em amor, terno e ardoroso, num amor muito verdadeiro, ao
alavancar e proporcionar paz, simplesmente extasiado, por acreditar e esperar,
em um Deus que quer o bem-estar e regozijo de todos e cada um, com a vida em
melhores mãos. Sustentados pela esperança e despojados de tudo que não convém, no sonho da luminosidade da glória do Pai, na Luz que a todos ilumina, Luz como fonte da vida, mais do que o dia, todo iluminado!
*Pároco de Santo Afonso,
blogueiro, jornalista, escritor, poeta e integrante da academia Metropolitana
de Letras de Fortaleza (AMLEF).
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