sexta-feira, 14 de março de 2014

Preços - Totó

Gonzaga Mota*
A análise da formação de preços é um dos itens mais complexos para os formuladores da politica econômica de um País. Envolve uma gama de variáveis endógenas e exógenas, muitas vezes imprevisíveis, constituindo um desafio significativo. 

Como o controle das variáveis é difícil, via de regra surgem os indesejáveis efeitos colaterais negativos. Ao se elevar a taxa de juros, por exemplo, pode ocorrer um desaquecimento da economia - o que não é saudável - e uma desaceleração da inflação - o que é bom. O importante é compatibilizar as diversas variáveis, objetivando minimizar os mencionados efeitos. Considerando-se o elevado grau de incerteza, a politica deve ser implantada de forma sistêmica e não isolada. 

No entanto, vale lembrar: "falar é fácil, o difícil é fazer". Por sua vez, os preços podem ser examinados sob dois aspectos: livres e administrados. Os primeiros obedecem à lei de oferta e da procura. Já os preços administrados, são aqueles monitorados pelas autoridades econômicas, tais como, os serviços públicos concedidos e permitidos. No Brasil, de acordo com a ata da 181ª reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), realizada nos dias 25 e 26/02/2014, a inflação medida pela variação do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) passou de 6,15% ao ano em janeiro/2013 para 5,59% em janeiro/2014. 

Apesar da melhora, conforme o Copom, "as informações disponíveis sugerem certa persistência da inflação". Assim, pode-se prevê que a taxa básica de juros(selic) continuará subindo, saindo, provavelmente, de 10,75% para 11,00%a.A. Na próxima reunião do Comitê, no início de abril próximo.

*Integra a  Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza, poeta, escritor, professor da UFC e ex-governador do Ceará

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