Belfast, 03 nov (sirnoticias@hotmail.com) – Uma carta aberta dos Bispos católicos da Irlanda do Norte aos membros da Assembleia legislativa que começaram nesta segunda-feira a discutir uma moção do governo para preparar uma lei que permita aos casais do mesmo sexo se unir em casamento. Não é a primeira vez que é apresentada e colocada em debate esta moção.
“Com o início do debate na Assembleia – escrevem os Bispos irlandeses -, desejamos expressar a nossa particular preocupação pelo fato que a moção apresentada não apresenta nenhum detalhe sobre o alcance da norma em debate. Também nada fala sobre a questão fundamental do respeito da consciência religiosa”, seja em nível individual seja em nível das Igrejas e de outros grupos religiosos.
“Quem vota a favor desta moção não tem como saber todas as consequências que este voto pode acarretar”. Os Bispos lembram que, após as normas aprovadas, “agências de adoção católicas relacionadas com a Igreja foram obrigadas a fechar as portas nestes últimos anos”. E este fato – acrescentam – “é um duro alerta a todos aqueles que apreciam o amplo leque de serviços sociais e pastorais que as Igrejas fornecem. A moção em debate na Assembleia não conseguirá proteger o futuro destes serviços e o direito deles de atuar seguindo a ética religiosa sobre a qual se fundamentam e continua fornecendo seu precioso serviço às comunidades”.
“Pedimos-vos – escrevem os Bispos aos integrantes da Assembleia legislativa da Irlanda do Norte – que deis prioridade aos direitos e ao bem-estar dos menores em vossas considerações na hora de votar. Crentes, mas também não crentes faz tempo reconheceram, tendo como base sua experiência, que a família, alicerçado no casamento entre um homem e uma mulher, é o lugar melhor e o ideal para o desenvolvimento das crianças”.
Como afirmou recentemente Papa Francisco, lê-se ainda na carta, “é preciso insistir no direito das crianças a crescer numa família, com o papai e a mamãe, capazes de criar um ambiente próprio a seu crescimento e a seu desenvolvimento afetivo”.
A carta, assinada pelo arcebispo de Armagh, dom Eamon Martin, termina com um apelo: “A verdade sobre o casamento deriva de sua natureza intrínseca como uma relação alicerçada sobre a complementaridade de um homem e uma mulher e sobre a capacidade única desta típica relação de gerar uma nova vida. Esta verdade não muda com as mareias mutáveis do costume histórico ou opinião popular. Apelamos aos membros do governo da Irlanda do Norte e da Assembleia para dar absoluta prioridade a outras questões que têm um forte impacto sobre as crianças, o casamento e a família em nossa sociedade”, entre as quais “os níveis de pobreza infantil na Irlanda do Norte, que são entre os mais elevados na Europa ocidental”.
SIR
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