Rádio Vaticana
Cidade do Vaticano (RV) – “Os livros publicados recentemente sobre o Vaticano parecem ter incluído afirmações falsas e divergentes sobre os gastos pessoais do Cardeal George Pell, Prefeito da Secretaria, e daqueles sobre o Organismo durante 2014. Tais questões, esclarecidas em uma declaração no início deste ano, não foram, porém, citadas pelos autores das duas publicações”: este foi o teor do comunicado publicado hoje pela Secretaria para a Economia do Vaticano.
Como sabemos, nesta semana, foram publicados dois livros: um intitulado “Via Crucis” (Via Sacra) do jornalista italiano Gianluigi Nuzzi, e o outro “Avareza”, do jornalista Emiliano Fittipaldi, que falam da “imensa resistência que o Pontífice está enfrentando nos altos escalões da Igreja Católica, para implementar sua filosofia de maior frugalidade e austeridade nos gastos no Vaticano.
Os dois autores fazem alegações sobre um péssimo gerenciamento financeiro na Santa Sé, com direito a suspeitas sobre algumas operações.
Tais informações teriam como base documentos secretos obtidos de alguns membros do Vaticano. A este respeito, neste fim de semana, o Mons. Lucio Angel Vallejo Balda e a leiga Francesca Chaouqui, que trabalham no Setor das Relações públicas do Vaticano, foram detidos sob a acusação de terem furtado e desviado material da Comissão para a Economia da Santa Sé, instituída pelo Papa em 2013, poucos meses após sua eleição ao Pontificado, para apurar os gastos da igreja.
Por isso, em seu comunicado nesta sexta-feira, a Secretaria para a Economia vaticana faz esclarecimento sobre as especulações midiáticas concernentes às suas despesas de administração: “Os gastos de 500 mil euros, - entre março e dezembro de 2014, período em que foi instituída a Secretaria, - referem-se aos custos iniciais do novo organismo vaticano: compra de móveis, computadores, salários, paramentos e objetos para a Capela da Secretaria, passagens internacionais dos nove Cardeais que compõem esta Secretaria.
Enfim, o orçamento de toda e qualquer despesa, conclui o comunicado, é submetido à aprovação de todos os membros da Comissão, antes de ser colocado em prática. A mesma coisa foi feita em relação ao orçamento para este ano de 2015, que está bem abaixo do ano precedente. (MT)
(from Vatican Radio)
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