Deus se fez pequeno, voluntariamente se esvaziou para chegar até nós.
Por Dom Adelar Baruffi*
Como queremos viver o Natal? Alguns pontos falam alto na celebração natalina, para que ela se torne bela e seja fonte de muita alegria.
Maravilhar-se! “O que é o homem, para que dele te lembres? O ser humano, para que o visites?” (Sl 8,5). Qual a razão de que nos alegremos com a celebração do Natal? Tomo como exemplo o encantamento do salmista diante da grandiosidade e beleza do universo, criatura de Deus, e do lugar que nele tem o ser humano. Temos a mesma atitude de transbordamento de alegria e maravilha diante de tão grande mistério: “Bendito seja o Senhor, Deus de Israel, que a seu povo visitou e libertou.” (Lc 1,68). Somos visitados por Deus. Não somos nós que o buscamos, mas Ele, qual Pastor, vem em busca das suas ovelhas e, como Bom Samaritano, manifesta toda sua misericórdia inclinando-se sobre nossas feridas e tomando-nos nos ombros. Vem trazer à humanidade o caminho da paz e da fraternidade, tão necessários ainda hoje! Como não maravilhar-se, festejar e se alegrar?
A simplicidade! Deus se fez pequeno, voluntariamente se esvaziou para chegar até nós, “tornando-se semelhante aos homens” (Fl 2,7). Dizia Santa Terezinha: “É próprio do amor abaixar-se.” Como poderíamos nós, humanos, chegar até Deus, se Deus não viesse ao nosso encontro, ao nosso nível, segundo nossas possibilidades? “A Palavra eterna fez-se pequena; tão pequena que cabe numa manjedoura. Fez-se criança, para que a Palavra possa ser compreendida por nós.” (Bento XVI, Verbum Domini, 12). Deus mostrou-se no rosto humano de Jesus de Nazaré. Mas precisamos da fé para reconhecê-lo, pois ele é igual a tantos outros: “um recém-nascido, envolto em faixas e deitado na manjedoura.” (Lc 2, 12). O caminho da vinda de Deus até nós é simples, austero e pobre. Assim, o caminho humano de acolhida de Deus pede que “nos tornemos como crianças” (Mt 18,3), que sejamos solidários. Por isso, os pastores sabem ler o sinal, bem como os pobres, que logo se alegram e bendizem a Deus, como Simeão e Ana, no templo (cf. Lc 2,25-38). Quem não compreender este mistério da pequenez de Deus, não conseguirá celebrar o Natal. No máximo, fará festa!
O presépio. É salutar o costume, que a tradição remonta a São Francisco de Assis, do presépio natalino. Num tempo de tantas distrações, que acabam até desvirtuando o sentido do Natal, o presépio nos conduz ao essencial. Demos ao presépio um lugar de destaque em nossas casas, não a outros adereços que distraem. Fixemos nosso olhar no Menino, pequeno, despojado, entregue aos cuidados de Maria e José. Ele é o Emanuel, Deus-conosco! Peçamos a Maria, seu olhar materno para contemplá-lo. Contemplemos a criação toda que se alegra com a chegada do Messias.
Abençoado Natal a todos e “paz na terra aos homens por ele amados.” (Lc 2,14).
Como queremos viver o Natal? Alguns pontos falam alto na celebração natalina, para que ela se torne bela e seja fonte de muita alegria.
Maravilhar-se! “O que é o homem, para que dele te lembres? O ser humano, para que o visites?” (Sl 8,5). Qual a razão de que nos alegremos com a celebração do Natal? Tomo como exemplo o encantamento do salmista diante da grandiosidade e beleza do universo, criatura de Deus, e do lugar que nele tem o ser humano. Temos a mesma atitude de transbordamento de alegria e maravilha diante de tão grande mistério: “Bendito seja o Senhor, Deus de Israel, que a seu povo visitou e libertou.” (Lc 1,68). Somos visitados por Deus. Não somos nós que o buscamos, mas Ele, qual Pastor, vem em busca das suas ovelhas e, como Bom Samaritano, manifesta toda sua misericórdia inclinando-se sobre nossas feridas e tomando-nos nos ombros. Vem trazer à humanidade o caminho da paz e da fraternidade, tão necessários ainda hoje! Como não maravilhar-se, festejar e se alegrar?
A simplicidade! Deus se fez pequeno, voluntariamente se esvaziou para chegar até nós, “tornando-se semelhante aos homens” (Fl 2,7). Dizia Santa Terezinha: “É próprio do amor abaixar-se.” Como poderíamos nós, humanos, chegar até Deus, se Deus não viesse ao nosso encontro, ao nosso nível, segundo nossas possibilidades? “A Palavra eterna fez-se pequena; tão pequena que cabe numa manjedoura. Fez-se criança, para que a Palavra possa ser compreendida por nós.” (Bento XVI, Verbum Domini, 12). Deus mostrou-se no rosto humano de Jesus de Nazaré. Mas precisamos da fé para reconhecê-lo, pois ele é igual a tantos outros: “um recém-nascido, envolto em faixas e deitado na manjedoura.” (Lc 2, 12). O caminho da vinda de Deus até nós é simples, austero e pobre. Assim, o caminho humano de acolhida de Deus pede que “nos tornemos como crianças” (Mt 18,3), que sejamos solidários. Por isso, os pastores sabem ler o sinal, bem como os pobres, que logo se alegram e bendizem a Deus, como Simeão e Ana, no templo (cf. Lc 2,25-38). Quem não compreender este mistério da pequenez de Deus, não conseguirá celebrar o Natal. No máximo, fará festa!
O presépio. É salutar o costume, que a tradição remonta a São Francisco de Assis, do presépio natalino. Num tempo de tantas distrações, que acabam até desvirtuando o sentido do Natal, o presépio nos conduz ao essencial. Demos ao presépio um lugar de destaque em nossas casas, não a outros adereços que distraem. Fixemos nosso olhar no Menino, pequeno, despojado, entregue aos cuidados de Maria e José. Ele é o Emanuel, Deus-conosco! Peçamos a Maria, seu olhar materno para contemplá-lo. Contemplemos a criação toda que se alegra com a chegada do Messias.
Abençoado Natal a todos e “paz na terra aos homens por ele amados.” (Lc 2,14).
CNBB
*Bispo de Cruz Alta (RS)
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