quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

A Igreja espera de seus membros

Padre Geovane Saraiva*
Aquele Espírito que marcou Jesus de Nazaré, com o selo do Pai, na missão de levar a Boa-Nova aos irmãos e às irmãs, pelo sacramento do batismo, quer também, em profundidade, nos marcar no dom e na graça de vivermos nossa missão (cf. Lc 4, 18). É a palavra de Deus que vem ao nosso encontro, com o Filho sempre se dando a conhecer. Ao se revelar no encontro com a criatura humana, por meio de sua palavra, vê-se também a comunicação de alguém que é todo divino e bondade. Nós o vemos, iniciando seu programa de vida, anunciando a salvação aos pequenos e empobrecidos, dando pleno cumprimento às palavras por ele anunciadas, sendo ele próprio a salvação. 

Nenhuma descrição de foto disponível.Quem o escuta com mais sentimento e espírito de fé nas Letras Sagradas, encontra-se, evidentemente, com Jesus de Nazaré. Encontrá-lo significa perceber e, ao mesmo tempo, carregar consigo as marcas de uma etapa de vida, que nos faz antever numa nítida clareza, que é o dom da salvação de Deus. Para os que se dispõem a seguir tal caminho, Jesus os chama de amigos, chamados também são a percorrer pelo caminho da verdade, ao abraçar a missão de fazer pela humanidade a mesma coisa que ele fez, aquilo que a criatura humana, por si só, jamais ousou fazer.

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Que os nossos olhos fixos em Jesus de Nazaré nos ajudem a compreender as dificuldades pelas quais passa a humanidade, envolvida em desconcertantes crises. Como filhos da Igreja, repletos de confiança, somos convidados a reavivar o dom da fé e a reaprender com o Filho de Deus, dentro de uma postura lúcida e responsável, identificada com o seu Evangelho. Só mesmo um mundo inflamado da força e da misericordiosa ternura de Deus, para ter a consciência de que a Igreja é uma organização de voluntários, como se espera de seus membros.

No poder da unção sagrado do Senhor, pelo seu espírito profético, aqui no exemplo do agricultor, seguro e confiante de bons resultados em uma terra boa, jamais nos esqueçamos de colocar em nossas mãos e em nossa boca o projeto de Deus, precioso tesouro de amor solidário e fraterno, amor este identificado pelos bons frutos, unidos pela ação e oração, como nas palavras de Madre Teresa de Calcutá: "As mãos que ajudam são mais sagradas do que os lábios que rezam". Amém!

*Pároco de Santo Afonso, Jornalista, Blogueiro, Escritor e Colunista, integra a Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza

A verdadeira estrela

Padre Geovane Saraiva*

Em Deus, vemos a História da humanidade toda permeada e marcada por seus desígnios e mistérios, no impossível, que se tornou possível, longe de toda e qualquer distinção de raça, cor, cultura, pobre ou rico. É o projeto do amor de Deus consumado numa única família, a família dos filhos de Deus, iluminada pelo clarão da verdadeira estrela, Nosso Senhor Jesus Cristo, manifestado no paradoxo do seu glorioso nascimento, igualmente nos magos, ao chegarem ao Menino Jesus guiados pela estrela.
Os anjos anunciam aos pastores o nascimento do Salvador da humanidade, ao mesmo tempo em que no Oriente, lugar bem distante e longínquo, surge uma estrela com a missão de comunicar aos magos o nascimento da verdadeira Estrela da humanidade. Somos convidados a perceber os sinais insondáveis de Deus no surgimento dessa estrela, revelação do projeto redentor do nosso bom Deus.
Os três magos, pedagogicamente, cumprem muito bem a missão recebida de Deus, desaparecendo depois do inaudito encontro com o menino Jesus, causando-lhes alívio e despreocupação. Quão profundo e misterioso é o encontro supramencionado, convencendo-nos da verdadeira estrela da humanidade naquela criança, perante a qual os magos se ajoelharam e a adoraram (cf. Lc 2, 9-11)! Desse mistério indescritível Dom Helder asseverou: "Obrigado, ó Pai! Vimos o vosso Filho, que se fez para sempre Homem-Deus. E a felicidade de ver que vosso Filho Divino nos ensina a amar o que não vemos. Obrigado, pela alegria de viver mergulhados em vós!".
A luz da vida, que é o próprio Cristo Jesus, quer iluminar e aquecer os que andam na escuridão e na sombra da morte. A força transformadora, que se revelou há mais de dois mil anos em uma criança, quer se revelar como luz dos homens e das mulheres, de todo o mundo, indicando-nos seu caminho de justiça e paz. Que nossos corações mentes e olhos se voltem para o recém-nascido, na glória que manifestou ao mundo, querendo de nós uma única coisa: vencer a escuridão da vida, na bondade de Deus, guiados pela verdadeira estrela. Assim seja!

*Pároco de Santo Afonso, Jornalista, Blogueiro, Escritor e Colunista, integra a Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza - geovanesaraiva@gmail.com

quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

LULA: 'NÃO DEIXARAM QUE ME DESPEDISSE DO VAVÁ POR PURA MALDADE'


Em declaração transmitida pela presidente do PT, Gleisi Hofmann, o ex-presidente Lula repudiou a nova demonstração da cruel perseguição do Judiciário ao proibi-lo de se despedir do irmão Vavá durante velório realizado nesta quarta (30); "Não posso fazer nada porque não me deixaram ir. O que eu posso fazer é ficar aqui e chorar", lamentou Lula.

Último show dos Beatles, num telhado em Londres, completa 50 anos

A apresentação realizada num telhado em Londres ficou conhecida como Apple Rooftop Concert.

Imagens do último shows dos Beatles, no telhado da Apple Records, em 30 de janeiro de 1969.
Imagens do último shows dos Beatles, no telhado da Apple Records, em 30 de janeiro de 1969. (Apple Records)
Os Beatles já estavam cansados de ser os Beatles quando subiram a um "palco" pela última vez: no dia 30 de janeiro de 1969, os Fab Four pegaram seus instrumentos no topo do edifício do número 3 da Savile Row, no bairro de Mayfair, em Londres, e tocaram para nunca mais tocarem juntos em frente a uma audiência - o último show dos Beatles. A apresentação ficou conhecida como Apple Rooftop Concert.



A história ainda não definiu com certeza de quem foi a ideia: há quem diga que foi do conciliador Ringo Starr, e na lembrança do tecladista Billy Preston, que acompanhou o quarteto na apresentação, a ideia foi de John Lennon. O engenheiro de som Glyn Johnson, célebre por gravar os maiores atos do rock inglês naquele ano (além dos Beatles, Rolling Stones e Led Zeppelin), porém, diz que foi dele.
Fato é que a banda e toda sua laia estavam instalados no prédio da Apple Records, o centro de operações da gravadora, produtora de filmes e estúdio. O plano era - depois de ter gravado e lançado o "White Album" em 1968, e de um período em que Ringo ficou afastado da banda - fazer um filme sobre o processo criativo dos Beatles no estúdio, nas gravações do que seria o disco "Let It Be". O final seria uma apresentação ao vivo: a primeira desde o último show da banda, em San Francisco, Califórnia (EUA), em 1966.
As filmagens na verdade começaram no Twickenham Film Studios, e eram realizadas de segunda a sexta começando as 9h da manhã, por regulamentações sindicais. Mas a banda já não estava em seu melhor momento no quesito convivência, e o fato de tentar fazer rock and roll no inverno britânico muito cedo não ajudava.
Um trecho do filme "Let It Be", dirigido por Michael Lindsay-Hogg (que décadas depois revelaria ser filho de Orson Welles) e vencedor de um Oscar de trilha sonora em 1971, mostra um momento em que George Harrison discute com Paul McCartney num tom altamente irônico. "Eu vou tocar o que você quiser que eu toque ou não vou fazer nada", diz Harrison. "O que quer que te agrade, eu vou fazer."
Envolvido nas gravações de uma parte das "The Basement Tapes", com Bob Dylan e a The Band em Nova York, Harrison concordou em retornar a Londres sob uma condição: abandonar as sessões no Twickenham e mover a operação para o prédio da Apple Records.
A turma concordou, equipamentos foram levados do estúdio em Abbey Road, e alguns dias depois dos trabalhos o quarteto decidiu estar pronto para o show ao vivo.
Em um momento revelador do filme "Let It Be", McCartney tenta de todo jeito convencer John Lennon e fazer a banda voltar ao palco usando como argumento a série de shows realizados em Liverpool em 1961, depois da temporada na Alemanha. "Quando voltamos, os shows foram terríveis, estávamos nervosos. Mas continuamos a tocar e então a gente tinha eles nas mãos. Se alguém tivesse filmado aquelas apresentações... elas foram fantásticas", diz Paul.
A sugestão de um show surpresa, inesperado, insólito, é tentadora demais mesmo para Lennon. A história segue e conta que depois de algumas especulações megalomaníacas como Los Angeles, o Coliseu e uma ilha na Grécia, a banda concordou em fazer subir os equipamentos e tocar no terraço, na hora do almoço, na região central de Londres.
Instrumentos, a estrutura de palco, o sistema de PAs, microfones e cabos foram levados quatro lances de escada acima, e no dia 30 de janeiro de 1969 uma pequena turma de amigos, além da equipe de filmagem, começava a presenciar aquela que seria a última aparição dos quatro Beatles juntos tocando suas músicas.
A missão de montagem e mixagem do som ficou por conta dos engenheiros Glyn Johns, Keith Slaughter e Dave Harries. Um dos problemas a serem resolvidos pela equipe era o vento nos microfones. Eles então mandaram um operador de fitas novato (ninguém menos que Alan Parsons) ir comprar meias-calças numa loja próxima. "Eu recebi muitos olhares estranhos", lembrou Parsons anos depois.
O som foi mixado numa máquina de gravação de 8 canais, e o grupo performou algumas tomadas de cinco canções: "Get Back", "Dig a Pony", "I'Ve Got a Feeling", "Don't Let Me Down" e "One After 909".
Embora o filme se encontre hoje fora de catálogo, alguns vídeos e trechos ainda podem ser encontradas na web.

Agência Estado

Lula para ir a velório de irmão: Desembargador também nega recurso

domtotal.com
Com o despacho do magistrado, divulgado no início da manhã desta quarta-feira, fica mantida a decisão da juíza Carolina Lebbos.
Manifestantes protestaram na porta da PF em Curitiba, nessa terça (29).
Manifestantes protestaram na porta da PF em Curitiba, nessa terça (29). (Fagner Agelino/AE)

O desembargador Leandro Paulsen, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), negou recurso apresentado pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que solicitava que ele deixasse temporariamente a prisão para comparecer ao velório de um irmão que morreu na terça-feira.

De acordo com o despacho do magistrado, divulgado pelo TRF-4 no início da manhã desta quarta-feira, fica mantida a decisão da juíza Carolina Lebbos, da Vara de Execuções Penais de Curitiba, que rejeitou pedido da defesa de Lula pela saída do ex-presidente para comparecer ao velório.

A Polícia Federal do Paraná também havia se posicionado contra a saída de Lula, apontando inexistência de helicópteros da PF disponíveis para o transporte do ex-presidente e "elevada possibilidade" de manifestações de apoiadores e detratores de Lula, com risco de confrontos violentos, entre outras razões.

O desembargador lembrou na decisão que a Lei de Execução Penal prevê a saída temporária de réu preso para comparecer ao velório de familiares, mas aponta que depende de juízos de razoabilidade, sendo analisada a viabilidade operacional e econômica.

"O indeferimento, portanto, não foi arbitrário ou infundado. Pelo contrário, está adequado à situação concreta. Aliás, conforme já destacou a digna magistrada, inclusive com amparo no parecer do Ministério Público, ‘o indeferimento da autoridade administrativa encontra-se suficiente e adequadamente fundamentado na impossibilidade logística de efetivar-se o deslocamento pretendido em curto espaço de tempo, bem como no risco de sérios prejuízos à segurança pública e do próprio apenado‘", afirmou o desembargador.

Lula cumpre pena na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba desde abril do ano passado, após ter sido condenado a 12 anos de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do tríplex no Guarujá (SP), no âmbito da operação Lava Jato.

Reuters

CHICO BUARQUE SE SOLIDARIZA A LULA E REPUDIA JUSTIÇA CÍNICA E COVARDE

Divulgação
Divulgação
O cantor e compositor Chico Buarque de Hollanda prestou solidariedade à família Lula da Silva pela perda de Genival Inácio da Silva, o Vavá, irmão do ex-presidente, e manifestou indignação diante do claro desrespeito à lei por parte das autoridades do poder judiciário brasileiro, que não permitiram que Lula fosse ao enterro do irmão; Chico disse: "minha solidariedade ao Lula pela perda do Vavá. E meu repúdio à Justiça pelo cinismo e pela covardia”.

Um livro de reflexões do Papa sobre as tribulações ontem e hoje

Capa do livro "Cartas da tribulação" do cardeal Jorge Mario Bergoglio
Capa do livro "Cartas da tribulação" do cardeal Jorge Mario Bergoglio 
O volume repropõe um texto inédito de 1987 de Jorge Mario Bergoglio sobre a “doutrina da tribulação”. O livro foi ampliado e atualizado aos tempos atuais e quem conta a origem da obra é o próprio Papa Francisco no prefácio.
Cidade do Vaticano

O livro “Cartas da tribulação” foi lançado, nesta terça-feira (29/01), na Itália, com o prefácio do Papa Francisco e a introdução de pe. Antonio Spadaro, diretor da revista jesuíta “La Civiltà Cattolica”.

O volume repropõe um texto inédito de 1987 de Jorge Mario Bergoglio, Papa Francisco, sobre a “doutrina da tribulação”, publicado na revista dos Jesuítas, em maio passado. O livro foi ampliado e atualizado aos tempos atuais e quem conta a origem da obra é o próprio Papa Francisco no prefácio, editado por ele na primeira edição, em 1987, a convite do pe. Miguel Angel Fiorito.

Naquela ocasião, tinham sido publicadas oito cartas de dois prepósitos gerais da Companhia de Jesus, sete do pe. Lorenzo Ricci, escritas entre 1758 e 1773, e uma do pe. Jan Roothaan del 1831. As missivas se referem à “grande tribulação” pela decisão tomada por Clemente XVI, em 1773, de suprimir a Ordem dos Jesuítas, depois reconstituída em 1814, por vontade de Pio VII em 1814.

“Lembro-me, ressalta o Papa Francisco, “que quando levei ao Pe. Miguel Ángel Fiorito o rascunho do prefácio que eu tinha escrito para a primeira edição das “Cartas da tribulação”, o mestre, como era chamado, me pediu para desenvolver melhor o último parágrafo em que eu falava da importância do recorrer à acusação de si mesmo. Naquele ponto, tratava-se do discernimento e de como enfrentar bem a vergonha e a confusão que fazem espaço quando o maligno desencadeia uma perseguição feroz contra os filhos da Igreja”. “A resposta”, explica Francisco, “era a de opor-lhe a vergonha saudável e a confusão que a Misericórdia infinita do Senhor e a sua lealdade fazem sentir aos que pedem perdão pelos próprios pecados. «Ali, existe uma graça», me disse. «Deve desenvolvê-la!»

Discernimento em época de confusão
“Trinta anos depois”, constata o Papa, “estamos em outro contexto, mas a Guerra é a mesma e pertence somente ao Senhor. Essas cartas são «um tratado de discernimento em época de confusão e tribulação», e a sua reedição convida-me novamente com força, junto com as reflexões de outros colegas que estão incluídos no livro, a continuar a absolver aquele encargo que me foi dado pelo mestre, que agora para mim tem o sabor de profecia do idoso, de  «desenvolver uma graça»”.

“Sinto”, diz Francisco aos leitores, “que o Senhor me pede para partilhar novamente as Cartas da Tribulação. Partilhá-las com todos aqueles que, em meio à confusão que o pai da mentira sabe semear em suas perseguições, se sentem decididos a combater bem, livres daquela autocomiseração à qual somos tentados a nos render. Ela esconde a fonte da vingança e nada faz além de alimentar o mal que deseja eliminar. Contra toda tentação de confusão e derrota, faz bem voltar a sentir o espírito paterno daqueles que nos precederam e que anima essas cartas. Eles nos ensinam a escolher o consolo nos momentos de grande desolação”.

Fonte de mansidão, coragem e lucidez
O Papa faz um convite: “Recomendo a lê-las e rezar com elas. Essas cartas são, e foram para muitos em alguns momentos particulares, uma verdadeira fonte de mansidão, coragem e esperança”.

Além das oito cartas dos superiores gerais, padre Ricci e padre Roothaan, referidas às tribulações do passado, pela primeira vez traduzidas do latim nessa nova edição, o volume propõe outras cinco cartas do Papa Bergoglio, escritas em 2018: quatro dirigidas à Igreja no Chile, inerentes “à ferida aberta, dolorosa e complexa da pedofilia”, e uma dirigida ao Povo de Deus “a fim de desarraigar a cultura do abuso”.

“Essas cartas e as reflexões que as compõem”, explica na nota introdutiva o diretor da revista jesuíta “La Civiltà Cattolica”, pe. Antonio Spadaro, responsável pela introdução do livro, “são relevantes para entender como Bergoglio sinta o dever de agir como sucessor de Pedro, ou seja, como Francisco. São palavras que ele diz hoje para a Igreja, repetindo-as sobretudo a si mesmo. São  sobretudo, palavras que o Pontífice considera fundamentais, hoje, para que a Igreja seja capaz de enfrentar tempos de desolação, perturbação, polêmicas pretensiosas e contra o Evangelho”.

Paquistão: confirmada a absolvição para Asia Bibi

Asia Bibi poderá agora deixar o Paquistão
Asia Bibi poderá agora deixar o Paquistão 
A decisão é da Corte Suprema paquistanesa. Asia Bibi pode agora deixar o país.
Michele Raviart – Cidade do Vaticano

A Corte Suprema do Paquistão rejeitou o pedido de reabertura do processo de Asia Bibi, absolvida em outubro passado da acusação de blasfêmia, depois de passar nove anos na prisão.

Agora, nenhum obstáculo formal proíbe a paquistanesa de deixar o país. Asia Bibi se encontra numa localidade secreta do Paquistão na companhia do seu marido Ashiq Masih, enquanto as filhas obtiveram asilo no Canadá. O advogado da cristã, Saif ul Malook, abandou o país por motivos de segurança, mas regressou a Islamabad para a sentença final.

Recurso rejeitado
O recurso foi apresentado pelo religioso muçulmano Qari Salaam, depois que a absolvição desencadeou protestos dos grupos islâmicos radicais. Somente um acordo com o governo sobre a possibilidade de pedir a reabertura do caso fez com que os grupos desistissem dos protestos, que duraram três dias em todo o país.

Medidas de segurança
Ao redor da Corte Suprema do Paquistão foram deslocados numerosos policiais e tropas paramilitares para prevenir eventuais manifestações.

Assuntos

Papa: degradação ambiental tem a ver com degradação humana e social

Segundo o Papa, os ambientes humano e  natural caminham de mãos dadas e podem se degradar juntos
Segundo o Papa, os ambientes humano e natural caminham de mãos dadas e podem se degradar juntos 
Na mensagem aos participantes da IV Conferência Internacional “Pelo equilíbrio do mundo”, em Cuba, Francisco diz que "vários acontecimentos ocorridos no planeta contribuíram significativamente para colocar em risco o equilíbrio da civilização atual"
Mariangela Jaguraba - Cidade do Vaticano

O Papa Francisco enviou uma mensagem, nesta terça-feira (29/01), aos participantes da IV Conferência Internacional “Pelo equilíbrio do mundo”.

O congresso teve início, nesta segunda-feira (28/01), em Havana, Cuba, e se concluirá na próxima quinta-feira, 31, “como parte da comemoração de uma data significativa para esse querido país, como o nascimento de José Martí. O objetivo é unir esforços que contribuam, através de um diálogo frutífero, a fortalecer os laços de fraternidade entre as nações”, afirma o Papa no texto.

Ambientes humano e natural caminham de mãos dadas 
“É fácil constatar como os vários acontecimentos ocorridos no planeta contribuíram significativamente para colocar em risco o equilíbrio da civilização atual. Por esta razão, os homens de bem devem se unir e encontrar-se em eventos dessa natureza, num quadro de pluralidade, a fim de alcançar uma autêntica promoção humana, sabendo também que «todos aqueles que estão empenhados na defesa da dignidade das pessoas podem encontrar, na fé cristã, as razões mais profundas para tal compromisso»”, ressalta Francisco na mensagem, citando um trecho da Encíclica Laudato si’.

Segundo o Papa, “o ambiente humano e o ambiente natural caminham de mãos dadas e podem se degradar juntos. A degradação ambiental não pode ser enfrentada de forma adequada se não compreendermos as causas que têm a ver com a degradação humana e social. Por este motivo, eu me expressei durante minha visita pastoral a Cuba, que uma “cultura do encontro” deveria ser cultivada, sobretudo entre os jovens, por meio da promoção da ‘amizade social’, que nos una num objetivo comum de promoção das pessoas”.

Civilização cada vez mais fraterna
Francisco incentivou os participantes a buscarem alternativas eficazes em torno do pensamento de José Martí, “homem de luz”, conforme definido por São João Paulo II durante sua visita a Cuba, em 1998.

“Que os ensinamentos deste mestre e escritor cubano ressoem dentro de nós e nos lembrem, com suas palavras, que «todas as árvores da terra se concentrarão no final em uma, que dará na eternidade um aroma suave: a árvore do amor, de ramos robustos e copiosos, que em seu nome abrigarão todos os homens, sorridentes e em paz»”.

O Papa conclui, desejando “que esses dias de trabalho e reflexão deem frutos de compreensão e diálogo na conquista de uma civilização cada vez mais fraterna”.

Papa na Audiência Geral: os jovens são fermento de paz no mundo

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O Papa se deteve, na habitual catequese, em sua recente Viagem Apostólica ao Panamá, convidando os fiéis a darem graças a Deus, junto com ele, “por esta graça” que o Senhor “quis doar à Igreja e ao povo daquele amado país”.
Mariangela Jaguraba - Cidade do Vaticano

A Sala Paulo VI, no Vaticano, ficou repleta de fiéis que participaram da Audiência Geral com o Papa Francisco, nesta quarta-feira (30/01).

O Papa se deteve, na habitual catequese, em sua recente Viagem Apostólica ao Panamá, convidando os fiéis a darem graças a Deus,   junto com ele, “por esta graça” que o Senhor “quis doar à Igreja e ao povo daquele amado país”.

Francisco agradeceu o acolhimento caloroso e familiar do presidente do Panamá e demais autoridades, e também dos voluntários e das pessoas que corriam para saudá-lo “com grande fé e entusiasmo”.

O Papa disse que as pessoas levantavam as crianças, como se estivessem dizendo: “Eis o meu orgulho, eis o meu futuro! Quanta dignidade nesse gesto, e quanto é eloquente para o inverno demográfico que estamos vivendo na Europa”, disse ele.

Jornada Mundial da Juventude
“O motivo dessa viagem foi a Jornada Mundial da Juventude. Todavia, nos encontros com os jovens se realizaram outros ligados à realidade do país: com as autoridades, bispos, jovens detentos, consagrados e uma casa-família. Tudo foi contagiado e amalgamado pela presença alegre dos jovens: uma festa para eles e uma festa para o Panamá, e também para toda a América Central, marcada por várias situações e necessitada de esperança e paz.”

Francisco recordou que antes da Jornada Mundial da Juventude, foram realizados os encontros dos jovens indígenas e afro-americanos, “uma iniciativa importante que manifestou ainda melhor o rosto multiforme da Igreja na América Latina. Depois com a chegada de grupos de várias partes do mundo, formou-se uma grande sinfonia de rostos e línguas, típica desse evento. Ver todas as bandeiras desfilarem juntas, dançando nas mãos dos jovens alegres de se encontrar é um sinal profético, um sinal contracorrente em relação à triste tendência atual aos nacionalismos conflitantes. É um sinal de que os jovens cristãos são fermento de paz no mundo”.

Forte impressão mariana
O Papa disse ainda que esta JMJ teve uma forte impressão mariana, pois o seu tema foram as palavras da Virgem ao Anjo: “Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra”.

 Segundo Francisco, foi forte ouvir as palavras proferidas pelos representantes dos jovens dos cinco continentes e vê-las transparecer em seus rostos. Enquanto houver novas gerações capazes de dizer “eis-me aqui” a Deus, haverá um futuro para o mundo.

O Pontífice recordou alguns momentos da JMJ como a Via-Sacra com os jovens, afirmando que no Panamá “os jovens levaram com Jesus e Maria o peso da condição de muitos irmãos e irmãos que sofrem na América Central e no mundo inteiro. Dentre eles se encontram muitos jovens, vítimas de várias formas de escravidão e pobreza.

Responsabilidade dos adultos
A seguir, recordou a Liturgia Penitencial com os jovens reclusos  no Centro Correcional de Menores e a visita ao Lar do Bom Samaritano que acolhe os portadores de Hiv/Aids.

O Papa falou também da Vigília e da missa com os jovens, ressaltando que na celebração eucarística “fez um apelo à responsabilidade dos adultos para que não faltem às novas gerações educação, trabalho, comunidade e família”.

Para Francisco, o encontro com os bispos da América Central foi um momento de consolo. “Juntos nos deixamos instruir pelo testemunho de São Óscar Romero, a fim de aprender melhor o “sentir com a Igreja”, que era o seu lema episcopal, estando próximos aos jovens, aos pobres, os sacerdotes e ao santo povo fiel de Deus.”

Jovens discípulos missionários
Teve um forte valor simbólico a consagração do altar da Igreja de Santa Maria La Antigua que foi restaurada. “Um sinal da beleza reencontrada, para a glória de Deus, para a fé e a festa do seu povo”, disse o Papa.

“Que a família da Igreja no Panamá e no mundo inteiro possa obter do Espírito Santo sempre nova fecundidade, para que continue e se difunda na terra a peregrinação dos jovens discípulos missionários de Jesus Cristo”, concluiu Francisco.

terça-feira, 29 de janeiro de 2019

JUÍZA QUER OUVIR PF SOBRE DESLOCAMENTO DE LULA E CASO VAI PARA MORO


A juíza Carolina Lebbos, da 12a Vara de Execução Penal, pediu uma manifestação da Polícia Federal sobre a viabilidade de deslocamento do ex-presidente Lula para São Paulo, a fim de que possa estar presente no sepultamento de seu irmão mais velho, Genival Inácio da Silva, o Vavá, que faleceu nesta quinta-feira 29; como a PF é submetida ao Ministério da Justiça, o caso foi parar nas mãos de Sergio Moro, ex-juiz da Lava Jato responsável pela prisão de Lula.

FUNDAÇÃO DO INSTITUTO MISSÕES CONSOLATA: 18 ANOS DE

Mensagem do Superior Regional dos Missionários da Consolata:

Mensagem da Irmã Maria Angelina, Conselheira da Região América, MC:

Mensagem do Superior Regional dos Missionários da Consolata:

A Missão foi o grande desejo da vida de José Allamano, desde o tempo de seminário.

Por Jordão Maria Pessatti*
Nesta mensagem, quero recordar para mim e para todos vós alguns pontos da história da fundação da nossa querida Família Missionária, cujo aniversário hoje celebramos.

A Missão foi o grande desejo da vida de José Allamano, desde o tempo de seminário. Certo dia, com outros dois companheiros, resolveu deixar o seminário diocesano, para ingressar no Colégio Apostólico, ansioso de abraçar a vocação missionária. Mas, em razão da fragilidade de sua saúde física, foi dissuadido de tal propósito. Não obstante isso, conservou vivo no coração o desejo e o amor pela Missão.

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Como Diretor Espiritual no seminário diocesano, inculcava nos alunos o zelo missionário. O mesmo fazia com os sacerdotes diocesanos, durante os retiros e encontros espirituais realizados na “Casa Santo Inácio”, e mais ainda com os jovens sacerdotes do assim chamado “Convitto Eclesiástico”. Achava estranho que a diocese de Turim, tão fecunda em numerosas instituições de caridade, não contasse com uma instituição inteiramente consagrada às missões. E decidiu remediar esta lacuna.

Na mente de Allamano, a fundação do nosso Instituto não surgiu da noite para o dia. Foi algo que amadureceu em seu espírito, através de longa preparação espiritual, e depois de superar grandes provações e sérias contrariedades. Não resta dúvida, o caminho da fundação foi muito empenhativo e cansativo para Allamano, atarefado como estava com o trabalho do Santuário da Consolata, do qual era Reitor, com os compromissos da direção do “Convitto Ecleiástico”, com a Casa de Retiros de Santo Inácio e com a Causa de beatificação de seu tio, José Cafasso.

A fundação, ele só pôde realizá-la depois que o Cardeal Agostinho Richelmy, seu antigo companheiro de seminário e amigo, assumiu a sede episcopal de Turim. Nele, encontrou plena partilha de ideais e apoio.

IMG_1232Em janeiro de 1900, quando parecia ter chegado o momento da fundação, Allamano contraiu uma grave doença, que o levou às portas da morte. A cura, considerada um milagre da Consolata, foi para ele o sinal de que o Instituto devia ser fundado. De fato, no ano seguinte, no dia 29 de janeiro de 1901, o Instituto Missões Consolata nascia.

A profunda motivação da fundação deve ser procurada no próprio espírito de Allamano. A raiz da fundação está na santidade deste generoso sacerdote, que assim explicava: “Como eu não pude ser missionário, quero que as pessoas que se sentem atraídas pela vocação missionária não sejam impedidas de seguir tal caminho”.

Há, depois, outras razões contingentes e concretas que, sem dúvida, influenciaram o começo da obra, como: o desejo de continuar a missão do Cardeal Guilherme Massaia, a especial devoção que sempre alimentou para com São Fidélis de Sigmaringa, missionário mártir, o espírito missionário e as insistências que lhe eram feitas por parte de alguns sacerdotes do “Convitto Eclesiástico”, desejosos de ver concretizada a obra.

A decisão definitiva de fundar o Instituto foi tomada somente depois de receber uma ordem explícita do Arcebispo, Dom Agostinho Richelmy, que lhe disse: “O Instituto deve ser fundado e deve ser você a fundá-lo”. À palavra de ordem do Arcebispo, Allamano respondeu, como respondeu o Apóstolo Pedro a Jesus, por ocasião da pesca milagrosa no mar de Tiberíades: Em teu nome, Senhor, lançarei as redes! (Lc 5,5).

No dia 8 de maio de 1902 partiam para o Quênia os primeiros quatro missionários, dois sacerdotes e dois leigos, seguidos depois por outros.

E a fundação do Instituto das Missionárias da Consolata? No trabalho assíduo da missão, bem cedo foi constatada a necessidade da presença feminina nas missões. Para dar uma resposta a tal necessidade, Allamano obteve dos Superiores do Cottolengo as Irmãs Vicentinas, que trabalharam ao lado dos Missionários da Consolata no Quênia por 22 anos, ou mais, a partir de 1903. Depois, por motivo de dificuldades, em 1909 as expedições das Irmãs Vicentinas se interromperam e, gradualmente, as que estavam no Quênia retornaram à pátria.

Allamano, que seguira com sofrimento estes eventos, sem poder evitar suas consequências, viu-se obrigado a intervir, para garantir a indispensável presença das irmãs nas missões. Assim, perante a insistência de Dom Filipe Perlo, e de acordo com o Arcebispo de Turim, mais ainda confortado pelo parecer do Cardeal Jerônimo Gotti, Prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, mas especialmente arrimado na palavra do Papa Pio X, José Allamano, a 29 de janeiro de 1910, deu começo ao Instituto das Irmãs Missionárias da Consolata. Ele próprio contava mais tarde como havia amadurecido a fundação delas, afirmando: “Foi o Cardeal Jerônimo Gotti que me encorajou a fundar as irmãs, dizendo-me pessoalmente: “É vontade de Deus que se funde o Instituto das irmãs”. Ao que eu respondi: “Eminência, congregações de irmãs já existem muitas!” Sim, retrucou o Cardeal, há muitas irmãs, mas poucas missionárias!”

Em conversa familiar com as irmãs, era sobretudo a intervenção do Papa que Allamano evidenciava, afirmando: “É o Papa Pio X que vos quis; foi ele que me deu a vocação de fundar irmãs missionárias”. Falava assim com simplicidade e gostava até mesmo de recordar a conversação que mantivera com Pio X, depois de lhe expor a dificuldade de encontrar pessoal feminino suficiente para as missões. O Papa respondeu a Allamano: “É preciso que vós mesmo inicieis a fundação de um Instituto de irmãs missionárias, como fundastes a dos missionários”. Ao ouvir tais palavras, Allamano voltou a dizer: “Santidade, já existem tantas famílias religiosas femininas!” “Sim – retrucou o Papa – mas não exclusivamente missionárias”. E Padre Allamano continuou: “Mas eu, beatíssimo Padre, não tenho vocação de fundar irmãs!” A esta afirmação do nosso Fundador, o Papa Pio X respondeu: “Se não tendes essa vocação, eu vo-la dou!” O comentário que, em seguida, Allamano fazia com as missionárias era coerente: “Vede, foi o Papa que vos quis! Portanto, deveis ser “papalinas!”

Allamano dedicou aos seus filhos e filhas as atenções e cuidados mais assíduos, através de contatos pessoais, cartas, encontros formativos. Convencido de que à missão se deve oferecer o melhor, na formação de seus missionários e missionárias visou sempre a qualidade, mais que o número. Queria evangelizadores bem preparados, “santos em grau superlativo”, zelosos, dispostos a sacrificar até mesmo a vida. Repetia frequentemente: “Primeiro santos, depois missionários”, entendendo o termo “primeiro” não em sentido de tempo, mas como valor prioritário e absoluto.

A semente que deu origem à árvore do Instituto, na qual estamos enxertados pela graça da vocação missionária, foi fecundada no coração de um sacerdote diocesano, repleto de amor por Jesus Cristo, inflamado de zelo pela causa da missão. Esta árvore nasceu pequena, à sombra do Santuário da Consolata, em Turim, e foi cultivada carinhosamente pela Mãe da Consolação – a celeste Jardineira do Espírito Santo. Mas, para que a árvore do Instituto, agora já mais que centenária, possa manter-se viçosa e produzir copiosos frutos para a Igreja, é necessário que permaneçamos fiéis à meta fixada pelo Fundador e vivamos com fidelidade e amor os seus ensinamentos.

Se fizermos isso, o Instituto manter-se-á vivo e fecundo, à semelhança da árvore de que nos fala o salmo primeiro, que, plantada à beira da torrente, sempre dá seus frutos, jamais sofre os efeitos funestos da estiagem... (Sl 1,3).

Pois bem, que a graça de Deus, a proteção da Mãe Consolata e do Bem-aventurado José Allamano nos ajudem a ser aquilo que devemos ser: autênticos missionários e missionárias da Consolata! Assim seja!

*Jordão Maria Pessatti (1929-2018), imc, 25 de janeiro de 2014.

LULA PEDE PARA IR AO ENTERRO DE VAVÁ, QUE JÁ ESTÁ SENDO VELADO


Se a lei brasileira for cumprida, o ex-presidente Lula, que vem sendo mantido como preso político desde abril do ano passado, deixará nesta terça-feira, 29, a cela em Curitiba, onde foi colocado para não disputar as eleições presidenciais de 2018; advogado de Lula, Cristiano Zanin Martins, já apresentou o pedido para que o ex-presidente seja autorizado a sair para velar e enterrar o irmão Genival Lula da Silva, o Vavá, que morreu aos 79 anos vítima de câncer; no fim do ano passado, Lula teve negado pedido para ir ao enterro do amigo e ex-deputado Sigmaringa Seixas, sob argumento de que poderia sair da prisão apenas em casos de "falecimento ou doença grave do cônjuge, companheira, ascendente, descendente ou irmão".

MEIO MILHÃO POR LULA NOBEL DA PAZ

Ricardo Stuckert

Ricardo Stuckert
Meio milhão de pessoas de diversos países aderiram à campanha internacional pelo Prêmio Nobel da Paz para Lula; o número foi alcançado a dois dias do fim do prazo da coleta de assinaturas; quem quiser colocar seu nome ao lado do ex-presidente tem até 31 de janeiro para fazer parte do movimento iniciado pelo ativista argentino Adolfo Pérez Esquivel, que recebeu o prêmio em 1980; Esquivel e os demais apoiadores consideram que Lula foi um lutador incansável contra a fome e a pobreza, e que sua trajetória o transformou em um líder mundial pela paz e pela dignidade humana; condenado sem provas, Lula é o principal preso político do País.


BRASIL ESTÁ NO FUNDO DO POÇO EM RANKING MUNDIAL DE CORRUPÇÃO

 DEPOIS DE 5 ANOS DE LAVA JATO, BRASIL ESTÁ NO FUNDO DO POÇO EM RANKING MUNDIAL DE CORRUPÇÃO

O Brasil atingiu a sua pior colocação no Índice de Percepção da Corrupção (IPC), divulgado pela Transparência Internacional e que indica a percepção da sociedade sobre o tema em 180 países; Brasil ficou com 35 pontos, pior número desde 2012, e aparece na 105ª posição, ante os 37 pontos e a 96ª colocação no ano passado; Lava Jato, que solapou com grandes empresas e serviu de mote para criminalizar a esquerda, além de levar Sérgio Moro à condição de ministro da Justiça, não cumpriu o combate à corrupção como prometido.

EITA AGORA LASCOU! Ueiroz Indicou Sete Pessoas Para O Gabinete De Flávio Bolsonaro

Por Portal Click Política  Em 28 jan, 2019

Reportagem de Igor Mello, na edição desta segunda-feira (28) do jornal O Globo, mostra que Fabrício Queiroz, ex-PM que é investigado por movimentação suspeita segundo o Coaf, indicou ao menos sete pessoas para o gabinete de Flávio Bolsonaro (PSL/RJ) na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj)

Queiroz beneficiou pessoas da própria família e também da família de Adriano Magalhães da Nobrega, apontado pelo Ministério Público como líder da milícia que controla a comunidade de Rio das Pedras e principal articulador do Escritório do Crime, que reúne matadores de aluguel.

Alvo da Operação Os Intocáveis, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP e pela Polícia Civil, Adriano encontra-se foragido.

Segundo a reportagem, o primeiro a ser beneficiado por indicação de Queiroz, foi o ex-marido da atual mulher de Queiroz, Márcio da Silva Gerbatim que atuava como motorista e segurança de Flávio Bolsonaro.

A mulher, Marcia Aguiar, também foi indicada por ele para o gabinete, assim como as filhas Nathália e Evelyn Queiroz.

Em setembro de 2007, Queiroz emplacou mais dois nomes na Alerj. No dia 6, Danielle Mendonça da Costa Nóbrega, mulher de Adriano, passou a trabalhar no gabinete de Flávio. Raimunda Veras Magalhães, mãe de Adriano, também ocupou cargos ligados a Flávio entre março de 2015 e novembro do ano passado. Antes de ir para o gabinete do senador eleito, Raimunda esteve lotada na liderança do PP — partido do senador eleito naquele momento.

O ex-assessor ainda conseguiu espaço para a enteada, Evelyn Mayara de Aguiar Gerbatim, nomeada em agosto de 2017. Ela permanece no cargo até hoje.

Indicação de Lula ao Nobel “bomba” nas redes e leva “bolsominions” ao desespero

29 de janeiro de 2019 por Esmael Morais

A indicação de Lula ao prêmio Nobel da Paz, que vem ganhando adesões a cada minuto, é um dos assuntos mais comentados nas redes sociais, fazendo despertar o ódio e o desespero dos “bolsominios” da extrema direita.

LEIA TAMBÉM: Jornal francês L’Humanité pede Nobel da Paz para Lula

O jornal francês L’Humanité dedicou a capa de domingo (27) para a campanha pelo Prêmio Nobel da Paz ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

A matéria fez o assunto decolar novamente e é o mais comentado no Twitter nesta terça-feira (29).

A campanha internacional para a indicação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Prêmio Nobel da Paz está na reta final. O prazo para assinatura de apoiadores ao manifesto de apresentação da candidatura ao comitê norueguês termina no dia 1º de fevereiro, sexta-feira.

O abaixo-assinado para efetivar a candidatura de Lula já conta com mais de meio milhão de assinaturas de personalidades do mundo inteiro.

Mourão assina decreto que delega definição de sigilo de dados a comissionados

domtotal.com
Uma informação classificada em grau ultrassecreto permanece 25 anos sob sigilo.
Uma informação classificada em grau ultrassecreto permanece 25 anos sob sigilo. (Romério Cunha/VPR)

O presidente em exercício, Hamilton Mourão, assinou decreto publicado nesta quinta-feira que muda as regras de classificação de informações secretas e ultrassecretas para permitir que servidores comissionados, dirigentes de autarquias e de empresas públicas, entre outros, possam determinar o sigilo de dados.

O decreto, que altera a regulamentação da Lei de Acesso à Informação (LAI), prevê que a classificação de dados como ultrassecretos poderá ser delegada a altos cargos comissionados, a dirigentes máximos de autarquias, fundações, empresas públicas e de sociedades de economia mista.

Uma informação classificada em grau ultrassecreto permanece 25 anos sob sigilo. Pelas regras anteriores ao decreto desta quinta-feira, essa definição só podia ser dada pelo presidente da República, pelo vice-presidente, por ministros e autoridades com mesmas prerrogativas, comandantes da Marinha, Exército e Aeronáutica, e chefes de missões diplomáticas e consulares permanentes no exterior.

Já os dados definidos como secretos, sigilosos por 15 anos, também poderão ser classificados por comissionados em nível de direção e assessoramento, ou de hierarquia equivalente, desde que haja uma delegação da competência. Esse tipo de classificação já poderia ser determinado pelas autoridades autorizadas a classificar dados como ultrassecretos, titulares de autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista.

Para o secretário-geral da organização Contas Abertas, com o decreto a tendência é de aumento do volume de informações sigilosas.

"Eu acredito que esse decreto seja um retrocesso no que diz respeito à transparência, ao acesso à informação e ao controle social, e acho que esse decreto simplesmente deveria ser revogado".

Reuters

Brumadinho: Ambientalistas pedem providências da PGR após tragédia

domtotal.com
Entidades lembram da importância da responsabilização exemplar dos agentes privados e públicos envolvidos na tragédia.
Subiu para 65 o número de mortes confirmadas, nesta segunda-feira, após o rompimento da barragem.
Subiu para 65 o número de mortes confirmadas, nesta segunda-feira, após o rompimento da barragem. (Ricardo Stuckert/Divulgação).

O Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental (Proam), representante das organizações não-governamentais no Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama), encaminhou nesta segunda-feira, 28, à procuradora-geral da República, Raquel Dodge, representação solicitando providências urgentes diante do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho (MG).

De acordo com o Proam, uma série de erros provocou esse desastre. Carlos Bocuhy, presidente da entidade e conselheiro do Conama, diz que, entre outras medidas, é necessário tornar mais eficaz, transparente e participativo o processo de licenciamento ambiental, além de aumentar a fiscalização. "Não se pode aceitar uma flexibilização e mais rapidez do licenciamento, como constam em projetos de lei em discussão no Congresso, sob o risco de novos acidentes como o de Brumadinho se repetirem".

O Proam solicita ainda a revisão da composição dos conselhos ambientais, para garantir que "democraticamente produzam decisões tecnicamente fundamentadas"; uma criteriosa análise dos riscos e contínuo monitoramento das barragens de rejeitos pré-existentes (só em Minas há 450); a desocupação das áreas de risco e descomissionamento das barragens inseguras; e a criação, por iniciativa do governo federal, de um fundo com recursos das atividades minerais, que seriam utilizados para ressarcir e indenizar rapidamente os afetados por situações como a de Brumadinho.

O presidente do Proam lembra ainda a importância da responsabilização exemplar dos agentes privados e públicos envolvidos na tragédia, como forma de desestimular novas ações irresponsáveis no futuro.

Bocuhy lembra, por exemplo, que novas atividades no sistema de barragens do Córrego do Feijão foram objeto de licenciamento ambiental em dezembro de 2018 e obtiveram concessão sob rito sumário, apesar de a Agência Nacional de Mineração considerar as barragens com potencial de dano alto. "Isso demonstra a fragilidade do processo do licenciamento ambiental e uma grave falha decisória da Câmara de Atividades Minerárias do Conselho Estadual de Política Ambiental de Minas Gerais (Copam), que não acolheu os pleitos e preocupações externadas por técnicos e representantes da sociedade civil".



Saiba mais sobre o crime ambiental em Brumadinho:

Tristeza e indignação em Brumadinho, reportagem especial doDOMTOTAL.COM

Buscas prosseguem em Brumadinho onde rompimento de barragem já causou 60 mortes

'Nada foi feito para prevenir', diz promotor do caso de Mariana

Vale suspende dividendos e bônus a executivos após rompimento de barragem

Inhotim permanece fechado até 31 de janeiro

Marina Silva critica projetos que buscam flexibilizar a legislação ambiental

Análises da água do Rio Paraopeba ficam prontas até quarta-feira

Doações arrecadadas para vítimas de Brumadinho são suficientes

Cruzeiro e Atlético empatam em clássico marcado por homenagens a Bruamedinho

Fábio Santos não vibra com gol sobre o Cruzeiro: 'não há o que comemorar'

Lama destruiu pousada e funcionários desapareceram em Brumadinho

Papa Francisco lamenta tragédia de Brumadinho

Drummond já previa: Lira Itabirana

Vale divulga nova lista com nome de 287 desaparecidos

Mortes em Brumadinho sobem para 34 e superam tragédia em Mariana, segundo bombeiros

Ibama multa Vale em R$ 250 milhões e Agência Nacional de Mineração interdita Complexo Córrego do Feijão

ONU Brasil lamenta tragédia em Minas Gerais

'Se houver negligência, aquilo se rompe', disse conselheiro do Ibama em dezembro

Bombeiros buscam cerca de 300 desaparecidos em área de tragédia em Brumadinho; veja lista

Governo de MG determina suspensão das atividades da Vale em Brumadinho 

Vale detalha ações para garantir segurança na barragem 

Tragédia em Brumadinho requer providências firmes, diz Raquel Dodge

Minas está de luto, diz dom Walmor em mensagem

Após Mariana, especialistas pressionavam por lei mais rígida para barragens

Bolsonaro vai sobrevoar área de rompimento de barragem em MG no sábado

Dom Helder e EMGE cobram responsabilização pelo desastre em Brumadinho

Confira registros do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, MG

'Vê-se que não há lição aprendida do desastre de Mariana', diz Greenpeace

Defesa Civil Nacional vai a Brumadinho (MG) avaliar situação

Museu Inhotim é evacuado após rompimento de barragem

Bolsonaro diz que ministro do Meio Ambiente também vai a Brumadinho

Planalto monta gabinete de crise para acompanhar rompimento de barragem

A cidade está um 'pandemônio', relata moradora de Brumadinho

Ações da Vale nos EUA caem 10% após rompimento de barragem

Vale admite possibilidade de vítimas em rompimento de barragem em MG

Marina Silva: 'A história se repete como tragédia em Brumadinho'

Agência Estado

MILTON NASCIMENTO: NÃO FOI DESASTRE, FOI CRIME

 Reprodução/Facebook | Reuters
Reprodução/Facebook | Reuters
O cantor e compositor Milton Nascimento abriu seu show no Mineirão - realizado no sábado, dia 26 - com o 'hino' de amor a Minas Gerais em alusão à tragédia de Brumadinho: a canção 'Para Lennon e McCartney'; Milton ressaltou: "não foi desastre, foi crime" e replicou a frase nas redes sociais; o compositor mineiro de 76 anos comemora os 45 anos do álbum Clube da Esquina nos palcos, em grande turnê pelo país.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

BRUMADINHO É VELHO CHICO

Bolsonaro não inaugurou o menosprezo pela natureza aqui no Brasil. Apenas se propõe a consolidar e aprofundar esse desprezo, já que é assim mesmo que o capital trata o meio ambiente.
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Por Roberto Malvezzi (Gogó)*
Brumadinho pertence à vasta bacia hidrográfica do São Francisco (uma das 12 Regiões Hidrográficas do Brasil, segundo a ANA), desaguando no Paraopeba, que deságua dentro da barragem de Três Marias, a primeira de uma cascata de barragens ao longo do Rio São Francisco.

O Brasil criou uma legislação da água com a Lei 9.433/97, tendo como base de planejamento as bacias hidrográficas. A mesma lei criou uma política nacional de recursos hídricos, tendo os comitês de bacia na base e no topo o Conselho Nacional de Recursos Hídricos. Depois FHC criou a Agência Nacional de Águas (ANA) como um corpo estranho à lei, mas era a construção das Agências Reguladoras no Brasil, para oferecer segurança jurídica ao capital.

Brumadinho2O Comitê da Bacia do São Francisco foi um dos primeiros a ser criado. Ele tem a obrigação legal de criar o Plano de Bacia, que tem composição tripartite, isto é, poder público, sociedade civil e usuários. Aí no meio dos usuários estão as mineradoras, as indústrias, o agronegócio e as geradoras de energia. O capital impõe seus interesses, apesar da boa vontade de tantos que participam dos comitês de bacia ao longo do Brasil.

Em poucos dias as águas vermelhas de Brumadinho chegarão à barragem de Três Marias, mesmo que fiquem contidas por algum tempo nas barragens intermediárias. Com as chuvas, é questão de tempo.

Virão juntos todos os contaminantes de metais pesados - cobre, manganês, zinco, cromo, cobalto, níquel, chumbo - que se espalharão pela calha do Velho Chico, por cerca de dois mil km, passando aqui entre Juazeiro e Petrolina, até chegar ao mar entre Sergipe e Alagoas. São 15 milhões de pessoas, espalhadas por inúmeros municípios, ao longo de cinco estados. Agora temos que somar os paraibanos da região de Campina Grande que também bebem dessa água.

Bolsonaro não inaugurou o menosprezo pela natureza aqui no Brasil. Apenas se propõe a consolidar e aprofundar esse desprezo, já que é assim mesmo que o capital trata o meio ambiente. Há coerência de sua parte. Porém, a eliminação da Amazônia, do Cerrado vai aos poucos eliminando nossa malha hidrográfica antes abundante e que nos colocava no privilégio mundial de deter 13% das águas doces do planeta. Entretanto, as mineradoras e outras poluidoras nos oferecem a dádiva de acabar com a qualidade das nossas águas.

Sinceramente, grande parte das esquerdas jamais entendeu e respeitou nossa luta pelo meio ambiente, nunca entendeu que as desgraças são socioambientais e também nos acham como empecilhos do progresso e do desenvolvimento. Há conflitos entre o meio ambiente e os interesses econômicos que são insuperáveis, ou seja, ou um ou outro, jamais os dois ao mesmo tempo. É o caso da devastação da Amazônia e do Cerrado pelo agronegócio, ou dos “dejeitos” das mineradoras.

Termino esse texto com a frase no zap de uma pessoa da família que mora perto de uma usina de cana: “Bom dia, hoje amanhecemos tomando um banho de veneno do avião pulverizador da usina”.

De Brumadinhos e banhos de veneno será o governo Bolsonaro, mas não só o dele.

*Roberto Malvezzi (Gogó) é agente da Comissão Pastoral da Terra, Juazeiro, BA.

EUA PREPARAM AÇÃO COLETIVA CONTRA A VALE

 Ricardo Stuckert
Ricardo Stuckert
Depois do caso da Petrobras, que pagou R$ 10 bilhões a acionistas norte-americanos antes mesmo que o processo apresentado contra a estatal fosse concluído, será a vez da Vale; dois escritórios de advocacia dos EUA anunciaram que pretendem entrar com ações coletivas contra a empresa na Justiça do país após as perdas causadas aos investidores pelo rompimento da barragem da mineradora em Brumadinho (MG).

BOMBEIROS DESMONTAM APOIO DE ISRAEL

 EQUIPAMENTOS NÃO SÃO EFETIVOS PARA BUSCAS
A ajuda que o presidente Jair Bolsonaro obteve de Israel para encontrar os corpos da tragédia-crime da Vale em Brumadinho pode ser apenas um factóide; segundo o tenente-coronel do Corpo de Bombeiros de Minas Eduardo Ângelo, que comanda o resgate, os equipamentos trazidos por militares israelenses "não são efetivos para esse tipo de desastre"; "O ministro de Israel se pronunciou a respeito das dificuldades que eles tiveram. O imagiador que eles têm pegam corpos quentes, e todos os corpos [na região] são frios. Então esse já é um equipamento ineficiente", disse ele; 60 corpos já foram retirados dos rejeitos e outras 292 pessoas estão desaparecidas.

Vale: uma gigante da mineração abalada por catástrofes

domtotal.com
'A Vale tem sido inconsequente e incompetente', protestou no domingo Avimar de Melo, prefeito de Brumadinho.
Socorristas e bombeiros buscam vítimas da ruptura de barragem da Vale em Brumadinho
Socorristas e bombeiros buscam vítimas da ruptura de barragem da Vale em Brumadinho (AFP)
Maior produtora mundial de minério de ferro, a Vale está, mais uma vez, às voltas com uma tragédia causada pela ruptura de uma barragem, em Brumadinho, o que deixou ao menos 60 mortos e quase 300 desaparecidos.

Em novembro de 2015, outra barragem, que a empresa possuía em conjunto com a anglo-australiana BHP, também rompeu em Mariana, a 120 km de distância, deixando 19 mortos.

Um balanço menos pesado no nível humano, mas um enorme desastre ambiental, com a contaminação do Rio Doce, uma dos mais importantes do país, que corre por 650 km e dois estados brasileiros, para o oceano.

Quando ele assumiu o cargo em 2017, o CEO da Vale, Fábio Schvartsman, declarou que o lema da empresa era "nunca mais Mariana".

"A Vale tem sido inconsequente e incompetente. Nós pensávamos que eles (os diretores) tinham aprendido com Mariana, mas três anos depois, é a nossa cidade que sofre", protestou no domingo Avimar de Melo, prefeito de Brumadinho.

As receitas de sua cidade dependem quase exclusivamente da mineração, que também emprega uma grande parte da população de 39.000 habitantes.

Fundada em 1942, a Vale começou como uma empresa pública denominada "Companhia Vale do Rio Doce", operando no estado de Minas Gerais, onde Brumadinho e Mariana estão localizadas.

Quase tão grande como a França, o estado possui, como seu nome sugere, um solo extremamente rico em minerais e conheceu seu esplendor e grande prosperidade com a extração de ouro no século XVIII.

Privatizada em 1997 pelo governo de centro-direita de Fernando Henrique Cardoso, a Vale hoje pesa US$ 78 bilhões, tornando-se a terceira maior mineradora do mundo, atrás da BHP e da Rio Tinto, dois grupos anglo-australianos.

Em 2017, a empresa registrou produção recorde de 366,5 milhões de toneladas de minério de ferro, a maioria exportada para a China.

A Vale também explora níquel, cobre e outros metais.

Com 76,5 mil funcionários, a companhia está presente em 30 países e suas atividades se diversificaram ao longo dos anos, com usinas hidrelétricas, além de ferrovias e portos, para escovar sua produção.

Em seu site, a Vale exibe sua "paixão pelas pessoas e pelo planeta", tendo como valor fundamental a "vida em primeiro lugar".

Nesta segunda-feira, as ações do grupo despencaram 20% na abertura da Bolsa de Valores de São Paulo, antes de recuperar parte das perdas em torno de 17%.

O Conselho de Administração anunciou a suspensão do pagamento de dividendos aos acionistas e bônus aos executivos da Vale.

A Justiça também bloqueou 11 bilhões de reais nas contas do grupo minerador brasileiro, enquanto as autoridades locais impuseram multas no total de 300 milhões de reais.

AFP
Foto: (Reprodução/GloboNews)
Foto: (Juliane Souza/G1)

ÁUDIO REVELA QUE AÉCIO NOMEOU PRESIDENTE DA VALE


Em uma conversa com o empresário Joesley Batista, da JBS, o senador Aécio Neves assume a autoria da indicação de Fabio Schvartsman para a presidência da Vale; "Ele vai ser anunciado como um cara do mercado. O Temer não sabe o nome dele. Confiou em mim essa p***a", diz Aécio; em meio à tragédia-crime de Brumadinho, Schvartsman e o comando da Vale podem ser destituídos, segundo o vice-presidente Hamilton Mourão; advogado da mineradora, Sérgio Bermudes diz que a Vale não tem culpa pelo maior desastre ambiental e humano três anos depois de Mariana.

“As universidades devem ficar reservadas para uma elite intelectual”, diz ministro da Educação

28 de janeiro de 2019 por Esmael Morais


O ministro da Educação, Ricardo Vélez, afirmou nesta segunda-feira (28), em entrevista ao Jornal Valor Econômico, que a “ideia de universidade para todos não existe”. 

Na entrevista, o ministro da Educação de Jair Bolsonaro (PSL) disse que não faz sentido um advogado estudar anos para virar motorista de Uber.  

“Nada contra o Uber, mas esse cidadão poderia ter evitado perder seis anos estudando legislação”, declarou. 

Para Vélez, o retorno financeiro dos cursos técnicos é maior e mais imediato do que o da graduação, o que pode a diminuir a procura por ensino superior no Brasil. 

Segundo o ministro, “as universidades devem ficar reservadas para uma elite intelectual”, ressaltando que busca um modelo parecido ao de países como a Alemanha. 

O ministro também defendeu o enxugamento do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), iniciado por Temer. 

Durante a entrevista, Vélez ainda criticou o que chama de ideologia de gênero nas escolas, que ensinam “menino a beijar menino e menina a beijar menina”, e afirmou ser entusiasta das escolas cívico-militares, um projeto que, em sua avaliação, é viável economicamente.o

Brumadinho: o desafio da 'Laudato Si' no Brasil

domtotal.com
Não cuidar da Casa Comum ''é uma ofensa ao Criador, um atentado contra a biodiversidade e, definitivamente, contra a vida'': Repam publica nota sobre a tragédia em Minas Gerais.
Socorristas observam a situação de devastação provocada pela ruptura da barragem.
Socorristas observam a situação de devastação provocada pela ruptura da barragem. (AFP).

O cardeal Cláudio Hummes, presidente da Rede Eclesial Pan-Amazônica/REPAM-Brasil, assinou uma nota lamentando o rompimento da barragem da mina de Córrego do Feijão, em Brumadinho/MG.

No texto, o arcebispo emérito de São Paulo/SP alerta para as consequências da atividade de mineração, recorda o desastre de Mariana/MG, há três anos, e adverte para os interesses de projetos na Amazônia, “nova fronteira mineral cobiçada por grupos internacionais e ofertada pelo governo brasileiro à custa das populações tradicionais, com riscos a terras indígenas já demarcadas”.

NOTA DA REPAM SOBRE O ROMPIMENTO DE BARRAGEM EM BRUMADINHO

Não cuidar da Casa Comum <<é uma ofensa ao Criador, um atentado contra a biodiversidade e, definitivamente, contra a vida>> (DAp 125)
Mais uma vez famílias choram por seus entes queridos e a Terra geme em dores de parto. Após três anos, Minas Gerais enfrenta outro desastre ambiental causado pela atividade de mineração, tendo a mesma empresa como protagonista. A Rede Eclesial Pan-Amazônica/REPAM-Brasil, cuja inspiração e serviço situam-se na espiritualidade da ecologia integral, manifesta solidariedade às vítimas e familiares afetados pelo rompimento da barragem de rejeitos de mineração no município de Brumadinho/MG.

Também lamentamos e nos sentimos estarrecidos com as consequências desta atividade que ignora as indicações da Igreja, as quais incentivam uma economia a serviço da vida humana e dos ecossistemas com sua grande biodiversidade (Carta Pastoral do CELAM – Discípulos Missionários Guardiões da Casa Comum, 93).

Não é possível dissociar a relação do acontecido desta sexta-feira com o desastre de Mariana, cada um com suas terríveis proporções na vida dos mais pobres e consequências para o meio ambiente. Este é mais um crime ambiental que nasceu e se consolidou pela impunidade dos anteriores. O que sucedeu do rompimento da barragem em Mariana ainda não foi reparado e os responsáveis não foram criminalmente punidos. Infelizmente, a lógica do rigor contra os infratores da lei ataca cada vez mais os pequenos e poupa o grande capital.

Chama atenção o fato de o próprio licenciamento da mina Córrego do Feijão e de sua barragem de rejeitos estar impreciso e contraditório. A aprovação da expansão da exploração na área teve forte resistência da comunidade local.

Com os bispos do Brasil, reforçamos a ideia de que a “atividade mineradora no Brasil carece de um marco regulatório que tire do centro o lucro exorbitante das mineradoras ao preço do sacrifício humano e da depredação do meio ambiente com a consequente destruição da biodiversidade” (Nota da CNBB sobre o rompimento da barragem de Fundão, 25/11/2015).
Consideramos importante também salientar que estamos num contexto político de flexibilização das leis ambientais e de desmanche dos procedimentos de licenciamento ambiental. A atenção para esta realidade também deve estar voltada para a Amazônia, nova fronteira mineral cobiçada por grupos internacionais e ofertada pelo governo brasileiro à custa das populações tradicionais, com riscos a terras indígenas já demarcadas.

A ação das empresas mineradoras é conhecida pelas violações dos direitos humanos das populações indígenas ou originárias, tradicionais e campesinas, principalmente as da Amazônia, “onde tendem a ocupar, sem consulta prévia e com o apoio dos Estados, os territórios dessas populações, confinando-as em espaços de vida cada vez mais reduzidos, limitando, assim, as possibilidades de acesso a seus meios tradicionais de subsistência e destruindo suas culturas”. (Carta Pastoral do CELAM – Discípulos Missionários Guardiões da Casa Comum, 41)
As perspectivas de expansão dos projetos de mineração na Amazônia serão à custa da segurança da população e do meio ambiente, mais uma vez por conta do contexto político brasileiro, no qual a análise dos riscos tende a ser minimizada e os órgãos de fiscalização e monitoramento enfraquecidos, preferindo-se o automonitoramento das próprias empresas.

Depositamos a nossa esperança de mais justiça e cuidado com a Casa Comum Naquele que veio para que todos tenham vida, e a tenham em abundância (cf. João, 10, 10b).

Brasília, 25 de janeiro de 2019
Cardeal Cláudio Hummes
Arcebispo Emérito de São Paulo/SP
Presidente da REPAM-Brasil

Vatican News