Padre Geovane Saraiva*
O sol bendito não é uma alegoria,
e sim real, convidando-nos como um dom para o despertar de cada manhã. Tenha a
certeza, caríssimo irmão, caríssima irmã, sempre e cada vez mais, de que esse
despertar é um revelador – ou claro precursor –, a partir deste templo sagrado,
do que Deus tem algo a lhe dizer, no sentido de acolher o Sol da verdade, da
justiça, da paz e da solidariedade: o Filho de Deus. Ele não carrega consigo a
aurora, não nasce e muito menos se põe. Ele consiste em ser um amor
inesgotável, a eternidade, que nunca é demais!
Num basta ao indiferentismo, ou
ao neutralismo, na busca do verdadeiro sol, jamais desperdiçar a oportunidade,
a nós concedida, vendo-a como dom e graça, como desafio de transformar o mundo
e todas as coisas, sendo o mesmo mundo, com sua realidade contrastante,
patrimônio para todos. Fica sempre conosco, Senhor, permanece em nossos
corações, no coração de cada irmão e de cada irmã, no coração do mundo. Só
assim, o planeta, no seu todo, pode ser fecundo e cheio de graças, voltando a
florescer!
Daqui da Parquelândia, na
contemplação do eterno Sol, que Deus nos dê a graça de dizer um não à nossa
pouca sensibilidade diante da fé, sem jamais perder de vista sua aurora eterna.
Supliquemos, pois, à luz da tolerância, do respeito e da valorização das
pessoas, e também na compreensão das diferenças, no vasto campo do mundo, no
qual estamos inseridos: Ó Senhor, dai-nos a graça do crescimento na sua terna e
afável compaixão, no esforço de sermos mais indulgentes, clementes e pacientes.
Assim seja!
*Pároco de Santo Afonso,
blogueiro, jornalista, escritor, poeta e integrante da Academia Metropolitana
de Letras de Fortaleza (AMLEF).