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sábado, 28 de novembro de 2020
sexta-feira, 27 de novembro de 2020
A canonização de Charles de Foucauld
Padre Geovane Saraiva*
Que toda a família de Charles de Foucauld possa sempre, e cada vez mais, render graças a Deus, a partir da Mesa Sagrada, pelo dom de sua canonização, no inesgotável legado de sua espiritualidade, em sua célebre frase: “Gritar o Evangelho com a própria vida”. Enquanto vivermos neste mundo, com as marcas da dor e do sofrimento, que nosso olhar se volte para o “Senhor e Pai da humanidade, que criastes todos os seres humanos com a mesma dignidade” (Papa Francisco, “Oração ao Criador”), que nunca nos separemos da aparente loucura da cruz, com nossa alma conformando-se com a vontade de Deus, que seu desígnio de amor quer que nos agigantemos, no sentido de produzir, na esperança, muitos e bons frutos, através de gestos e obras de caridade, mas numa intensa atividade, fruto do verdadeiro e puro amor.
Francisco fecha sua Carta Encíclica, "Fratelli Tutti", referindo-se ao Padre Charles de Foucauld, assassinado em 1º de dezembro de 1916: “O seu ideal de uma entrega total a Deus encaminhou-o para uma identificação com os últimos, os mais abandonados no interior do deserto africano. Naquele contexto, afloravam os seus desejos de sentir todo ser humano como um irmão, e pedia a um amigo: 'Peça a Deus que eu seja realmente o irmão de todos'. Enfim, queria ser o irmão universal. Mas somente identificando-se com os últimos é que chegou a ser irmão de todos. Que Deus inspire este ideal a cada um de nós". Assim seja!
*Pároco de Santo Afonso, blogueiro, escritor e integrante da Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza (AMLEF).
sábado, 21 de novembro de 2020
quinta-feira, 19 de novembro de 2020
A presença de Deus
Padre Geovane Saraiva*
Todos os seguidores de Jesus de Nazaré, revestidos da força do alto, como imagem e semelhança de Deus, são continuamente convidados à comunhão divina, concreta, numa multidão de anônimos, silenciados no nosso mundo, mas que na nossa indiferença se ouve um clamor por uma vida de esperança, ânimo e coragem. Pensemos naquele anônimo que caminhou para Emaús e, a partir dele, surgiu o mais elevado e qualificado diálogo com nossos semelhantes. Urge, pois, com a presença de Jesus entre nós aprender, sempre cada vez mais, a exercitar um olhar de compreensão e de misericórdia, diante do enorme abismo em que se encontra o mundo, sem a presença de Deus.
Que no olhar compadecido de Deus jamais cesse a luta em favor da humanidade, para que ela possa descansar em paz, pela derrota de todos os males que contrariam seu projeto salvífico. Motivados, evidentemente, por aquele que misteriosamente entrou em cheio em nossa existência, querendo uma única coisa, que saibamos perceber, com a largueza do nosso ser, que ele carrega consigo uma profunda e indelével impressão: a natureza divina — do Verbo de Deus, que entrou na vida humana e quer se estabelecer entre nós. Assim seja!
*Pároco de Santo Afonso, blogueiro, escritor e integrante da Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza (AMLEF).
sábado, 14 de novembro de 2020
quinta-feira, 12 de novembro de 2020
Florestas da vida
Padre Geovane Saraiva*
Bem-aventurados os que abraçam a fé e que contam com a força misteriosa da graça de Deus. Bem-aventurados os que buscam a superação de tudo aquilo que parece obscuro e arriscado, nas contingências e condições humanas, mas querendo ser a manifestação da presença de Deus, ao estender sua mão redentora, dom maior para o mundo. Agora que se aproxima o Natal do Senhor, abramos nosso espírito, no sincero compromisso, o do discernimento, distanciando-nos das armas do ódio, do rancor e da violência, e que esse espírito seja muito verdadeiro, na busca da tolerância, da paz e da concórdia entre os povos. Assim seja!
*Pároco de Santo Afonso, blogueiro, escritor e integrante da Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza (AMLEF).
sábado, 7 de novembro de 2020
Que nasça a esperança
Padre Geovane Saraiva*
Quanto mais ativa e dinâmica
parecer a caminhada da Igreja, mais e mais contemplativa deveria se revelar ao
mundo, favorecendo, evidentemente, a vida humana em seu todo, sobretudo na
precariedade dos vulneráveis, dos que vivem em situação de rua e dos que passam
por angústias de toda sorte e natureza, como no compromisso tão evidente de Dom
Helder Câmara: o de um mundo melhor e mais inclusivo.
Este mundo benevolente e humanitário quer consistir mesmo na mais acentuada expressão, de tal modo concreto, que possa se manifestar e revelar, indispensavelmente, na luta contra o maior, mais ardiloso e astuto de todos os males e escândalos de nossa sociedade e mesmo da Igreja nos nossos tempos hodiernos: a abismal e antagônica ruptura que tende a persistir entre os empobrecidos e os que vivem na opulência.
Jamais prescindir da bondade de Deus. Ele mesmo quer que sejamos compassivos e voltados à contemplação do mistério da realidade da vida, ao nos revelar algo concreto, o qual nos desafia, na esperança, a palmilhar o verdadeiro caminho: o de conduzir os homens a Deus, mas na combinação harmônica do mesmo Deus que quer sempre mais se estabelecer entre os homens. Eis o desafio do Natal!
quinta-feira, 5 de novembro de 2020
Morreu Irmã Carmelita Rita Maria
Padre Geovane Saraiva*
*Pároco de Santo Afonso, blogueiro, escritor e integrante da Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza (AMLEF).
domingo, 1 de novembro de 2020
Cidade futura
Não me canso de repetir o que alhures já disse: É maravilhoso aprender com Santo Agostinho, na beleza de sua obra “A Cidade de Deus”, colocando-nos diante da vida humana como um mistério de amor, segundo o projeto divino, quando “dois amores estabeleceram duas cidades, a saber: o amor-próprio, levado ao desprezo a Deus: a terrena; e o amor a Deus, levado ao desprezo de si próprio: a celestial”. Mesmo sendo enormes a saudade e a dor pela partida de nossos entes queridos, que nossa humilde e confiante oração seja a de jamais perdermos de vista a esperança, na certeza da promessa da imortalidade, antevendo conforto e consolo incontestáveis, segundo as letras sagradas: “Não temos aqui na terra cidade permanente, mas estamos à procura da cidade que há de vir” (cf. Hb 13, 14).