Conhecido
como “a voz dos sem voz” na América Latina, Dom Romero foi assassinado por um
comando da extrema-direita enquanto celebrava missa na capela de um hospital de
doentes de câncer ,de São Salvador, em 24 de março de 1980. A causa para
beatificá-lo chegou Roma em 1997 e ficou estancada vários anos. Agora, segundo
seu postulador, poderá avançar de novo, por determinação do Papa Francisco. O
processo encontra-se atualmente nas mãos da Congregação para as Causas dos
Santos.
Sem se
envolver nas lutas mais radicais e sem recorrer às armas, o arcebispo
salvadorenho correu grandes riscos. Denunciou que agricultores salvadorenhos,
autorizados a tomar posse de terras pela lei da reforma agrária, eram
executados; colocou a rádio da diocese à sua disposição e acusou os militares,
paramilitares e esquadrões da morte pelos massacres.
Foi
trucidado por denunciar a injustiça social e a repressão militar, tornando-se o
mártir da América Latina e símbolo da defesa dos mais pobres e oprimidos.
Ao
receber a notícia, segunda-feira, 22, a Igreja salvadorenha expressou sua
alegria e confiança. O bispo auxiliar de São Salvador, Dom Gregorio Rosa
Chávez, adiantou à EFE que “Dom Romero foi como o Bom Pastor, que deu a vida
por suas ovelhas, e o fato que a notícia foi divulgada neste domingo é um
detalhe que diz muito”.
Também
o Presidente salvadorenho, Mauricio Funes, quer agradecer o Papa e anunciou que
virá ao Vaticano em fins de maio para uma eventual audiência com Francisco, na
qual lhe informará sobre o trabalho de seu governo em prol da pacificação do
país.
CatolicaNet
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