Sobre a escolha do tema, Dom Cláudio apontou duas motivações: primeiro, os padres, pelo fato de eles serem os principais agentes, aqueles de quem mais depende a nova evangelização. "É claro, o Papa e os bispos são muito importantes como dirigentes da Igreja, em termos de pastoreio - o Papa como pastor universal e os bispos como pastores de suas dioceses - mas, na medida em que a evangelização deve acontecer, sobretudo a nova evangelização, os padres têm um papel fundamental, porque eles estão nas paróquias, no dia a dia, e é ali que deve acontecer a nova evangelização.
De acordo com Dom Cláudio, na medida em que a nova evangelização quer ser uma nova evangelização, os padres deverão se mover mais para que esta aconteça. Isso porque, segundo ele, para um mundo como o de hoje é necessário ter convicções próprias muito profundas na sua fé.
A segunda questão apontada por Dom Cláudio é: por que a nova evangelização? E ele responde: "Porque esse é o momento em que a Igreja mais está insistindo nesta nova evangelização. O papa João Paulo II já tinha insistido, quando falava na necessidade de uma evangelização comum, novo ardor missionário, novos métodos, novas expressões.
Num dos documentos da passagem do século, disse o cardeal Hummes, [Carta Apostólica Tertio millennio adveniente], João Paulo escreveu: ‘Há tantos anos eu estou dizendo isso e volto a dizer, é necessário, é absolutamente necessário que os pastores se movam e comecem, realmente, essa nova evangelização'. "E Bento 16 continuou dentro dessa linha. E o papa Francisco está aí plenamente dentro desse tema, porque ele, sobretudo em Aparecida, na 5ª Conferência Latino-americana, participou como arcebispo de Buenos Aires, e esta 5ª Conferência foi a que mais falou de discípulos e missionários e, portanto, sobre essa questão da nova evangelização em todos os lugares, mas, sobretudo, nas paróquias".
Com 137 páginas e oito capítulos, o livro, especialmente nas últimas folhas, dá pistas sobre como fazer com que a nova evangelização aconteça. "Tento dizer de forma simples essa questão do sair, de organizar a paróquia. Outro aspecto em que insisto é que a missão nunca pode ser terminada, fazer a missão e depois fazer o seu encerramento. A missão pode ter pontos altos, mas nunca pode ser encerrada, porque existem missões nas paróquias que duram uma semana, talvez um mês, depois só daqui a cinco, dez anos se faz uma nova missão. É lindo isso, mas nós não continuamos; se só voltamos a visitar essas pessoas daqui a cinco anos, elas vão dizer: ‘eles não nos amam muito, pois só nos vêm visitar de cinco em cinco anos'. O visitar, o estar junto do povo, tem de fazer parte da dinâmica do dia a dia. O povo, tem de sentir que a Igreja se move junto, que está misturada com ele", completou Dom Cláudio.
Fonte: www.cancaonova.com
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